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Pesquisa avaliará permanência de negros na Universidade e o significado de sua presença na UFPR

02 agosto, 2006
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Como está o seu rendimento acadêmico, sua imagem em relação aos colegas brancos e professores ou funcionários e vice-versa? Aumentou na universidade uma produção científica voltada para as relações raciais entre os docentes e universitários negros? Que imagem o universitário negro cotista tem da UFPR? Que ganhos a universidade e a sociedade paranaense estão tendo com a inclusão de negros no ensino superior? Estas e muitas outras questões que envolvem a presença dos universitários negros e seu dia-a-dia na UFPR estarão postas nos próximos meses através de uma pesquisa que o MEC está realizando sobre o tema.

O estudo é da iniciativa da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação das Ciências e da Cultura -, sendo executado no Brasil por meio de consultores da Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação. A pesquisa está sendo realizada simultaneamente em 15 universidades públicas nos estados da Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. No Paraná, além da UFPR, também faz parte da pesquisa a Universidade Estadual de Londrina. O objetivo da pesquisa é fazer um verdadeiro raio X do cotidiano desses alunos nas instituições com vistas a um aprimoramento das futuras políticas públicas do governo federal em seu Programa Diversidade na Universidade.

A pesquisa será norteada por questionamentos não apenas em relação ao universitário negro mas também aos programas de permanência na UFPR. Marcilene explica que a idéia é levantar qual é a realidade sócio-econômica e a situação de inserção no mercado de trabalho; a existência de projetos de permanência de negros na instituição; a relação dos universitários negros com os movimentos negros organizados; os debates internos sobre as relações raciais e ações afirmativas para negros na educação, seja por meio de eventos, grupos de estudos, programas específicos e o próprio Projeto Político Pedagógico da UFPR.

Espera-se para meados de novembro deste ano o lançamento das pesquisas. De acordo com a socióloga Marcilene Lena Garcia de Souza, consultora do Ministério da Educação na Pesquisa sobre o tema, serão entrevistados 500 alunos negros e brancos de primeiro e segundo ano, onde houver maior presença de universitários negros. Os cursos serão escolhidos com base no critério de serem considerados de grande, médio e baixo status social por turno. Deverão ser entrevistados ainda 50 professores, escolhidos também pelo critério do perfil do cursos selecionados e ainda 20 funcionários de secretarias de cursos, porteiros e trabalhadores da limpeza. Complementarão ainda entrevistas com coordenadores de curso, reitor e pró-reitores.

Foto(s) relacionada(s):


Sala de aula UFPR
Foto: Isabel Liviski

Fonte: Leticia Hoshiguti

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