Genê Feres Staniscia, professora aposentada, é uma antoninense que valoriza muito o festival de inverno da UFPR. Seria apenas mais uma moradora animada com o evento, não fosse ela uma das defensoras do festival em tempos em que ele ainda era apenas um projeto: Genê foi a presidente do primeira comissão do Festival de Inverno em Antonina, na época em que era professora de Educação Artística e ocupava o cargo de Inspetora de Ensino da cidade.
“Para conseguir os espaços para o festival era uma loucura”, lembra ela, comentando que havia resistência da comunidade que não sabia como seria um festival para a cidade. Aposentada e há pelo menos cinco anos dedicada a curtir a vida e os netos (sua neta é repórter no jornal mirim Caranguejinho!), Genê acredita que o festival propicia uma verdadeira lavagem de cultura na comunidade, animada apenas com as festas do Carnaval e de Nossa Senhora do Pilar. Para ela, a cada edição do festival o povo se mostra mais participativo: “De uns anos para cá vemos o povo na igreja, preocupado em garantir seu lugar para assistir aos espetáculos”, enfatiza, acreditando que o festival tem conseguido formar platéia, propiciando cultura a às pessoas simples que jamais teriam esse tipo de possibilidade.
Sueli Nunes Alves do Nascimento, Diretora da APAE, participa há 13 anos dos festivais da UFPR e vê o evento como “Um grande articulador cultural”. Na direção da APAE há dois meses, mas trabalhando na instituição há seis anos, ela defende o festival como um grande parceiro em projeto conjunto denominado Fazer Cerâmico. A professora da UFPR Marília Diaz (ministrante e também coordenadora de oficinas de arte) realiza um trabalho com a APAE que extrapola os limites do festival. Durante todo o ano, uma vez por mês, vem a Antonina para capacitar os professores da instituição no aprimoramento do fazer cerâmico.
Esses professores da APAE promovem então suas aulas de cerâmica artesanal, aplicando um processo de ensino-aprendizagem para as pessoas portadoras de deficiência, tornando o trabalho como uma forma de terapia relaxante. Atualmente a instituição conta com 64 alunos especiais. Neste 16º Festival, muitos desses alunos especiais estão participando das oficinas Redescobrindo a Arte com a Música; Música para Batucar e Dança de Salão.
Os alunos acima dos 16 anos participam do Programa de Iniciação Profissional em Antonina, confeccionando manualmente os produtos mais diversos onde se procura desenvolver um trabalho de resgate da cultura regional (reproduzem as tradicionais fachadas das casas históricas, panelas de barreado, vasos ornamentais, casquinhas de siri, entre outros). Os produtos são vendidos em feiras e eventos o ano todo e a renda reverte na manutenção da própria oficina. Os objetos da APAE, neste Festival, estão à venda ao lado do Theatro Municipal.
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Fonte: Leticia Hoshiguti
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