Espaço é uma iniciativa conjunta entre a UFPR e o Governo do Paraná
Na última quinta-feira (02), foi inaugurada a Moradia Estudantil Indígena da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O projeto surgiu a partir da demanda dos estudantes indígenas, que, em conjunto com a instituição, participaram de um grupo de trabalho que resultou na criação desse espaço de acolhimento.
Com o apoio do governo estadual, foi possível a cessão da casa localizada na rua João Manoel, 140, no bairro São Francisco. As tratativas da UFPR para viabilizar a moradia estudantil envolveram o Estado do Paraná, o Ministério Público Estadual (MPPR), a Defensoria Pública e a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Povos Indígenas.
Uma das principais necessidades dos estudantes que vêm de outras cidades para estudar na UFPR, em Curitiba, é a moradia. Camila dos Santos, presidente do Coletivo dos Estudantes Indígenas da UFPR, ressalta a preocupação com o estudante, “que ele chegue e faça o vestibular, ele chegue e tenha um lugar pra ficar, que se sinta seguro e seja um lugar diferente, uma moradia diferente. Uma etnomoradia que está aqui para acolher todos os acadêmicos indígenas”, ressalta.
Além do oferecimento da moradia, estão previstas ações de apoio à permanência estudantil, como bolsas de estudo e acesso ao restaurante universitário.
A acomodação para os estudantes tem papel fundamental na permanência deles na universidade.
“As universidades, elas nunca foram pensadas para povos indígenas e tantos outros segmentos da sociedade. E a moradia vem no sentido de uma reparação histórica. De reconhecer que é um público que está dentro da universidade e que tem especificidades”, afirma André Martinez, pró-reitor de Pertencimento e Políticas de Permanência Estudantil da UFPR (P4E).
Martinez também adianta que será apresentada à Universidade uma resolução chamada “Territórios”, voltada a estudantes indígenas e quilombolas, com políticas e ações específicas para esse público.
As atividades de manutenção e reforma da casa começaram em fevereiro deste ano. O espaço pode acomodar até 30 estudantes indígenas. A seleção dos moradores deve acontecer ainda em 2025, a partir da elaboração do regimento da casa e do edital de seleção, em diálogo entre a UFPR e os acadêmicos indígenas.
O reitor da UFPR, professor Marcos Sfair Sunye, destacou a importância de contar com um espaço de acolhimento para a comunidade estudantil indígena. “Hoje a gente não chega ao número de 10 (moradias indígenas) no Brasil inteiro nas universidades. Então é uma demanda muito forte e muito necessária. Esse acolhimento, essa recepção dos povos indígenas na UFPR está melhor agora, mas a gente espera ir mais longe ainda”, afirma.
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