Episódio do Scientia mostra projeto do Departamento de Engenharia Mecânica que imprime equipamentos para pessoas com problemas de mobilidade
O dia a dia é feito de tarefas que, em geral, parecem simples. No entanto, quase 8% dos brasileiros com dois anos ou mais possuem algum tipo de deficiência que dificulta a mobilidade e a locomoção, transformando atividades cotidianas em grandes desafios. O programa Scientia, da UFPR TV, aborda o tema e apresenta iniciativas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) voltadas ao apoio de pessoas com limitações motoras.
Em 2019, a experiência pessoal do professor Sérgio Fernando Lajarin, do Departamento de Engenharia Mecânica, foi o ponto de partida para um novo projeto. Sua filha precisava de um equipamento para auxiliar no tratamento de pé torto congênito, o que o inspirou a buscar uma solução acessível. “Surgiu com uma necessidade pessoal minha. E aí veio a ideia de tentar desenvolver uma órtese semelhante, mas de baixo custo”, explica.
O professor já trabalhava com o desenvolvimento de equipamentos impressos em 3D em apoio a outros projetos de extensão do departamento. Com a criação do ENGenhar-MEC, projeto de extensão coordenado por ele, a produção se voltou para dispositivos de tecnologia assistiva, como órteses, próteses e outros recursos auxiliares para mobilidade.
A iniciativa tem feito a diferença para quem não pode arcar com os altos custos desses equipamentos. No caso específico do tratamento de pé torto congênito, por exemplo, o custo foi reduzido em até dez vezes.
Atualmente, o ENGenhar recebe demandas de hospitais, da Clínica Escola, de ONGs, do Hospital de Clínicas da UFPR e até do Departamento de Anatomia da Universidade.
A professora Paloma Hohmann Poier, do curso de Terapia Ocupacional, é parceira do projeto e destaca que cada caso é avaliado de forma personalizada. Segundo ela, “com o uso do dispositivo, a pessoa se torna independente”, principalmente em situações de amputação e em atividades simples do dia a dia, como segurar objetos.
Durante a pandemia de Covid-19, o projeto também teve papel fundamental. Foram produzidos mais de 17 mil protetores faciais destinados ao Complexo Hospital de Clínicas (CHC) da UFPR, a outras unidades de saúde e a instituições de 61 cidades do Paraná. “Foi um momento muito importante de interação. Uma área longe do hospital, da Universidade, de repente entrou no nosso dia a dia e acabou ajudando os profissionais e pacientes”, recorda o professor Railson Henneberg, ex-gerente administrativo do CHC.
Hoje, o ENGenhar segue ativo e em expansão, com foco em melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de quem depende de próteses, órteses e outros dispositivos de apoio.
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