
Como solicitar a refeição:
Segunda a Sexta-feira – R.U. UTFPR Campus Centro
Acesse o formulário aqui: https://forms.office.com/r/xkhEPxiTTz
Sábados e Domingos – R.U. Setor de Ciências Agrárias
Acesse o formulário aqui: https://forms.office.com/r/xkhEPxiTTz
Até as 9h da manhã do dia da refeição, os(as) estudantes receberão um e-mail do endereço emergencialru@ufpr.br e um voucher (para acesso a UTFPR) pelo e-mail rureboucas@ufpr.br
Confira trajetos e horários do Intercampi durante atendimentos emergenciais do RU nos próximos dias.
Como está funcionando o atendimento do R.U. neste momento?
Quem tem direito às refeições emergenciais durante esse período?
Imediatamente após o rompimento, o atendimento está voltado aos estudantes vinculados ao PROBEM. Em seguida, foram incluídos os estudantes que ingressaram por cotas de renda e PROMISAES. Grupos da pós-graduação em situação de vulnerabilidade econômica também estão sendo considerados. Entretanto, estamos trabalhando para que o R.U. volte a atender a todos os estudantes.
Porque as refeições emergenciais foram concentradas no Campus Agrárias?
O R.U. Agrárias era o que estava pronto para receber a operação de um dia para o outro. O R.U. do Politécnico e o Central tiveram equipamentos retirados e fiação cortada pela empresa; o do Botânico está em reformas por reforma já prevista e normal no período de férias.
Como a UFPR conseguiu contratar refeições emergenciais em 24 horas?
A UFPR utilizou uma ata de alimentação de forma emergencial para estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica. Para não parar totalmente o serviço enquanto o processo de chamamento das empresas na licitação acontece.
O que aconteceu com a antiga empresa?
É verdade que a empresa notificou a UFPR no domingo e a empresa não cumpriu nenhum prazo?
Sim. A UFPR tomou conhecimento do rompimento no domingo, 13 de julho de 2025. A notificação foi enviada no sábado às 20h, na qual a empresa informa a extinção do serviço nas 48h após o envio. Sequer este prazo foi cumprido, pois a empresa interrompeu o serviço imediatamente. Na sexta-feira,11 de Julho, mesmo antes de a UFPR ser notificada, a empresa já havia retirado equipamentos do RU, comprovando que a ação havia sido premeditada.
Além disso, a empresa não poderia extinguir o contrato unilateralmente. Não existe tal previsão contratual ou legal. Poderia propor à UFPR a rescisão amigável, estabelecendo prazo para a transição segura e continuidade do serviço, sem prejudicar a comunidade.
Outro agravante é que, na sexta-feira, a UFPR efetuou o pagamento à empresa pelos serviços prestados até aquele momento, no valor aproximado de R$ 1,3 milhão. A partir dessa data, a empresa enviou a notificação, deixou de responder aos contatos, bloqueou os representantes da UFPR e não efetuou o pagamento aos seus funcionários.
Se a UFPR sabia das denúncias contra a empresa, porque não “evitou” a contratação ou cancelou contrato?
Porque não há mecanismo legal. A empresa, ao vencer a licitação, apresentou todos os documentos exigidos por lei nos certames licitatórios. A UFPR realizou diligência e averiguação, inclusive nos sistemas do governo federal, e não havia impedimentos legais.
Quais as consequências legais para a empresa Cozinha Gourmet?
A UFPR já iniciou um processo administrativo que pode resultar em sanções e multas pela quebra do contrato e ainda a responsabilização por prejuízos causados à Universidade (custos pelas contratações emergenciais). Em caso de condenação no processo administrativo, a empresa não terá idoneidade para participar de outras licitações. As sanções poderão atingir empresas do mesmo grupo econômico e, eventualmente, sócios das empresas, caso observada má-fé.
Entretanto, somente após processo administrativo, com direito à ampla defesa, será definida a responsabilidade da empresa e serão aplicadas penalidades.
E os funcionários da empresa?
Como ficou a situação dos funcionários da empresa?
Os funcionários foram dispensados de forma inesperada e não receberam salários e direitos trabalhistas. A responsabilidade legal pelo pagamento é da empresa Cozinha Gourmet que não respondeu nem participou das reuniões com os trabalhadores e sindicato depois do ocorrido.
O que a UFPR fez para apoiar esses funcionários?
Embora a responsabilidade legal seja da empresa terceirizada, a universidade se reuniu com os trabalhadores para entender a situação e prestar o apoio institucional possível.
Depois que entendemos que a empresa, além do contrato, abandonou também seus funcionários, a UFPR bloqueou o saldo da Cozinha Gourmet e fez o pagamento do vale-alimentação para a conta dos funcionários da empresa como forma de auxiliá-los.
E agora? Quando volta ao normal?
Quais são os próximos passos para normalizar o serviço dos R.U.s?
Estamos trabalhando em duas frentes simultâneas:
Chamamento das outras empresas remanescentes da licitação, que é um processo um pouco mais longo e burocrático, mas que resulta na contratação de empresa para um contrato de longo prazo. As empresas que concorreram ao R.U. foram ranqueadas pelo critério de preço. Notificamos todas e agora estamos aguardando um aceite do contrato.
E, ainda há a contratação emergencial. Esse tipo de contrato acontece com mais velocidade, mas tem duração menor e serve para restabelecer o serviço enquanto acontece a licitação definitiva.
Como funciona a contratação de uma empresa para gerir o R.U.?
A empresa só pode ser contratada por licitação?
Sim, a contratação é realizada por meio de um processo de licitação pública, conforme determina a Lei de Licitações. A universidade publica um edital e as empresas interessadas apresentam suas propostas. Via de regra, o contrato é assinado com a empresa que oferece o menor preço, desde que cumpra todos os requisitos do edital.
No caso do RU, é um contrato de cerca de 40 milhões por ano. A UFPR subsidia grande parte do custo para oferecer refeições aos estudantes por R$1,30. O processo é impessoal e transparente, ou seja, UFPR não pode escolher ou indicar o fornecedor.
A universidade não pode realizar, através de concursos, a contratação de profissionais destinados às chamadas “atividades-meio”, como alimentação, limpeza, segurança e transporte.
Diante da fragilidade exposta por essa crise, a UFPR pretende repensar o modelo de terceirização dos RUs? Quais alternativas para garantir que um serviço tão essencial não seja interrompido dessa forma novamente?
Sim. Desde o começo da gestão se discute esta alternativa. Diante da situação, foi formado um grupo de trabalho que está estudando a viabilidade, a médio prazo, de construir um projeto de extensão junto à Fundação da Universidade e fazer algo próximo à autogestão dos RUs.
Se o estudo concluir que é viável, será um passo importante para as políticas de permanência da UFPR.