Já se conhece bem a importância da planta, mas para que seja possível a produção em série de um remédio para tratar a asma, será necessário investir na produção de xaxim. “Sabemos que é uma espécie de desenvolvimento lento”, explica o professor de Plantas Medicinais, Luiz Antônio Biasi. “Estamos há um ano germinando esporos que permitem o crescimento das plantas que serão levadas para o campo em março de 2006.
Segundo o pesquisador, o transplante deverá ocorrer depois do verão para evitar o sol muito forte. “ Como ainda não sabemos como se dará o crescimento vamos plantar num período de clima mais ameno explica o professor. As mudas serão levadas da Casa de Vegetação para o Centro de Estações Experimentais do Canguiri. A intenção é transformar parte da área num centro de produção de xaxim. A empresa Natureza Pura interessada em fabricar o remédio, já assinou convênio neste sentido com a UFPR.
Trata-se de pesquisa multidisciplinar. Enquanto profissionais do Departamento de Farmácia e da empresa Natureza Pura (que já produz o remédio em forma de cápsulas e xarope) avançam nos testes em pacientes asmáticos, os de Ciências Agrárias estudam as melhores formas de produzir a planta em série. A intenção é passar a tecnologia aos agricultores e criar um pólo de criação de xaxim. Além de garantir a produção da planta para fabricar o remédio, os agricultores terão condições de diversificar a produção e ampliar a renda, segundo Biasi.
As projeções são de pelo menos mais dois anos de estudos até começar a produção em escala industrial, porque são necessários vários tipos de testes. Além do professor Biasi, trabalha no projeto uma estudante de graduação em Agronomia. É apenas uma espécie de xaxim, a “Dicksonia sellowiana” que está sendo pesquisada e a população não deve de forma alguma fazer chás de xaxim, porque não estará tendo benefício nenhum, lembra o pesquisador.
DOENTES – Há 18 milhões de doentes de asma brônquica no Brasil. A intenção da Natureza Pura é produzir remédio à base da folha do xaxim e por preços bem mais baratos do que os remédios existentes hoje no mercado. 1.600 pacientes do Brasil e de outros países estão participando da pesquisa e os resultados até agora são de mais de 80% de eficácia e sem as reações que os outros remédios causam.
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Fonte: ACS
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