Universidades criam rede de pesquisas para desenvolver cidades inteligentes

É da UFPR a coordenação geral de um amplo projeto de pesquisa envolvendo 19 instituições nacionais e quase 30 pesquisadores que definirá propostas para construir cidades inteligentes. O projeto CIA2 – Construindo Cidades Inteligentes: da Instrumentação dos Ambientes ao desenvolvimento de

Aplicações, tem como meta estabelecer uma infraestrutura de instrumentação, computação e comunicação para viabilização de Cidades Inteligentes, abrangendo desde a aquisição dos dados urbanos brutos por meio de tecnologias de redes de sensores e internet das coisas, a comunicação, o armazenamento, e o acesso a esses dados através de diferentes tecnologias e

protocolos de redes sem fio, até a construção de aplicações que se beneficiem de toda essa infraestrutura, suportando uma melhor gestão pública e do meio ambiente e agregando valor ao cidadão.

O projeto tem apoio financeiro do Ministério de Ciência e Tecnologia através do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação (CTIC) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) no valor de R$ 1,8 milhão e é coordenado pelo professor do Departamento de

Informática Aldri Luiz dos Santos, um dos professores lideres do grupo de pesquisa em Redes Sem Fio e Redes Avançadas (NR2).

Os pesquisadores das instituições envolvidas reuniram oito propostas sobre o assunto e criaram uma rede de estudos. O projeto ainda está no começo e o que eles pretendem é através da instrumentação e integração das tecnologias de comunicação e de informação possibilitar que soluções inteligentes sejam

criadas para apoiar os diferentes desafios encontrados nas cidades como: trânsito, vigilância, atendimento de emergência, monitoramento ambiental, saúde, educação e inclusão digital, bem como colaborar para uma maior eficiência e transparência na gestão pública.

Trata-se de um trabalho cuja consolidação por completo em todas as áreas pode demorar umas duas décadas, explicou o professor Aldri Santos. Essa primeira etapa, proposta pelos pesquisadores, terá a duração de dois anos. Os pesquisadores trabalham em três vertentes, que integradas possibilitarão

a instrumentação de serviços para as cidades inteligentes. A primeira é a proposta das ações em comum, depois o sensoriamento de ambientes, implantando a rede de comunicação e, por fim, dar tratamento às informações

pela internet. Ele explica também que a preocupação está em criar ferramentas para que o setor público possa usufruir.

Além da UFPR, fazem parte da rede de pesquisas as universidades federais de Rio de Janeiro, Fluminense, Espírito Santos, Minas Gerais, Ouro Preto, São João Del Rey, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Pará, e PUC-Rio, USP, Unicamp, UNB, Universidade de Fortaleza

e IECOM.