*Esta matéria foi atualizada em 13/02/2023 para inclusão da informação de conquista da etapa interacional do Prêmio.
O bio-óleo é um material semelhante ao petróleo, oriundo da biomassa (restos de animais e vegetais). A substância tem grande potencial de aplicação para obtenção de produtos similares aos de origem fóssil, que vemos no mercado. Entretanto, por ser quimicamente instável, há bastante dificuldade em aplicá-lo industrialmente. Uma das formas de simplificar o aproveitamento das diversas potencialidades do bio-óleo proveniente da madeira é estudada pela Engenharia Florestal e envolve o fracionamento desse produto, que consiste na separação de fases que o constituem.
Após concluir, em sua dissertação de mestrado, que a fase aquosa, oriunda do fracionamento em água fria do bio-óleo, pode ser aproveitada como um coproduto de natureza hidrossolúvel e renovável, a agora doutoranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ivana Amorim Dias, está desenvolvendo uma solução de inovação de purificação de compostos de alto valor agregado a partir da fase solúvel do bio-óleo.
Ivana representou a UFPR e o Brasil na etapa internacional do Blue Sky Young Researchers and Innovation Foto: Arquivo
“Aplicamos ao bio-óleo uma técnica chamada fracionamento, em que quebramos a emulsão que o compõe. Assim, é possível reduzir a reatividade e acessar as fases polar e apolar separadamente, visto que cada uma tem aplicabilidades distintas”, explica Ivana, que desenvolve o estudo com auxílio de seu orientador, Pedro Henrique Gonzalez de Cademartori.
A fase solúvel do material tem, em sua composição química, açúcares e alguns fenóis de menor peso molecular que são valorizados do ponto de vista industrial por terem grandes aplicabilidades, podendo ser utilizados em plásticos biodegradáveis, fármacos, cosméticos, aditivos alimentícios e até combustíveis.
“A solução de inovação é promover uma via de obtenção desses compostos presentes na fase solúvel em um sistema cíclico, com baixa geração de efluentes e resíduos, promovendo o aproveitamento eficiente dos recursos ambientais, além de reduzir a pressão de demanda por materiais de origem fóssil e as emissões de carbono”, esclarece a doutoranda.
Proposta vence prêmio internacional
Após ter sido campeã da etapa nacional do prêmio Blue Sky Young Researchers and Innovation Awards 2022-2023, promovido pela Indústria Brasileira de Árvores (IBA) e pelo International Council for Forest and Paper Associations (ICFPA), a proposta de Ivana concorreu com outros 13 projetos do mundo todo na fase global do Programa Internacional de Prêmios de Inovação Florestal (International Forest Innovation Awards Program) e foi classificada em primeiro lugar.
O objetivo do prêmio é selecionar jovens pesquisadores, estudantes e profissionais que tenham promovido projetos inovadores que possam contribuir para o desenvolvimento da indústria de base florestal mundial. O tema desta edição foi “Construindo uma economia de baixo carbono com florestas e produtos florestais positivos para o clima”.
Na etapa regional, realizada em São Paulo, Ivana, escolhida como a jovem com o projeto mais inovador, recebeu um prêmio no valor de R$ 8 mil. Depois de representar a UFPR na fase internacional e se consagrar vencedora, a estudante conquistou mais um prêmio em dinheiro e a oportunidade de apresentar sua pesquisa a um grupo internacional de líderes empresariais florestais, no evento Global CEO Roundtable do ICFPA, que será realizado em Amsterdã em maio de 2023.
O bio-óleo é um material semelhante ao petróleo, oriundo da biomassa (restos de animais e vegetais). A substância tem grande potencial de aplicação para obtenção de produtos similares aos de origem fóssil, que vemos no mercado. Entretanto, por ser quimicamente instável, há bastante dificuldade em aplicá-lo industrialmente. Uma das formas de simplificar o aproveitamento das diversas potencialidades do bio-óleo proveniente da madeira é estudada pela Engenharia Florestal e envolve o fracionamento desse produto, que consiste na separação de fases que o constituem.
Após concluir, em sua dissertação de mestrado, que a fase aquosa, oriunda do fracionamento em água fria do bio-óleo, pode ser aproveitada como um coproduto de natureza hidrossolúvel e renovável, a agora doutoranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ivana Amorim Dias, está desenvolvendo uma solução de inovação de purificação de compostos de alto valor agregado a partir da fase solúvel do bio-óleo.
Ivana representará a UFPR e o Brasil na etapa internacional do Blue Sky Young Researchers and Innovation Foto: Arquivo
“Aplicamos ao bio-óleo uma técnica chamada fracionamento, em que quebramos a emulsão que o compõe. Assim, é possível reduzir a reatividade e acessar as fases polar e apolar separadamente, visto que cada uma tem aplicabilidades distintas”, explica Ivana, que desenvolve o estudo com auxílio de seu orientador, Pedro Henrique Gonzalez de Cademartori.
A fase solúvel do material tem, em sua composição química, açúcares e alguns fenóis de menor peso molecular que são valorizados do ponto de vista industrial por terem grandes aplicabilidades, podendo ser utilizados em plásticos biodegradáveis, fármacos, cosméticos, aditivos alimentícios e até combustíveis.
“A solução de inovação é promover uma via de obtenção desses compostos presentes na fase solúvel em um sistema cíclico, com baixa geração de efluentes e resíduos, promovendo o aproveitamento eficiente dos recursos ambientais, além de reduzir a pressão de demanda por materiais de origem fóssil e as emissões de carbono”, esclarece a doutoranda.
A proposta de Ivana foi a campeã da etapa nacional do prêmio Blue Sky Young Researchers and Innovation Awards 2022-2023, promovido pela Indústria Brasileira de Árvores (IBA) e pelo International Council for Forest and Paper Associations (ICFPA). O objetivo do prêmio é selecionar jovens pesquisadores, estudantes e profissionais que tenham promovido projetos inovadores que possam contribuir para o desenvolvimento da indústria de base florestal mundial. O tema desta edição é “Construindo uma economia de baixo carbono com florestas e produtos florestais positivos para o clima”.
A etapa regional, realizada em São Paulo, concede ao jovem com o projeto mais inovador um prêmio no valor de R$ 8 mil. O orientador do projeto também recebe premiação no valor de R$ 5 mil. Agora Ivana representará a UFPR na etapa internacional, em que terá a oportunidade de apresentar seu projeto aos presidentes de empresas mundiais do setor florestal, no final de 2022.
Por NC/UFPR Está chegando ao fim o prazo para inscrições no Vestibular 2026 da Universidade Federal do Paraná […]
De lar temporário a membro da família. Foi assim que o cãozinho Nego Chow conquistou seu espaço na […]
Por meio das unidades Casa, a campanha de imunização da Influenza já começou na UFPR Os Centros de […]
O Grupo de Foguetemodelismo Carl Sagan (GFCS), da Universidade Federal do Paraná, acaba de ter reconhecida uma conquista […]