Francisco de Borja Baptista de Magalhães Filho, 75, morre em Curitiba

Graduado em Ciências Econômicas pela UFPR (1959) e doutor em Sociologia pela USP (1999), Magalhães Filho faleceu nesta quarta-feira (30) em Curitiba, por insuficiência respiratória. Ele deixa a esposa, Marionilde Dias Brepohl de Magalhães, professora do Departamento de História da UFPR, seis filhos e três netos.

O velório acontece a partir das 23h30, na Capela Vaticano (Esmeralda), localizada na rua Desembargador Hugo Simas, 26, no bairro São Francisco, em Curitiba. A cerimônia de cremação está prevista para as 15 horas desta quinta-feira (1º), no Crematório Vaticano.

Magalhães Filho foi presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná (1968 e 1986), secretário de Estado do Planejamento (1987-1990) e presidente do Conselho Federal de Economia (1997). Ajudou a fundar o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), órgão do qual foi o primeiro diretor-presidente.

Breve biografia

Nascido em Porto Alegre em 3 de fevereiro de 1935, Borja Magalhães chegou ao Paraná na década de 1950 para trabalhar na Secretaria da Fazenda. Aqui, formou-se em economia pela UFPR. Mais tarde, doutorou-se em Economia na Universidade de São Paulo.

Em 1955, Borja Magalhães participou da criação do Conselho Consultivo de Planejamento (Codeplan) no governo de Adolpho de Oliveira Franco. Três anos depois, junto com Alípio Aires de Carvalho e Eduardo Daros, participou da fundação do Pladep, primeiro instrumento de planejamento do Paraná, que deu origem à Codepar e posteriormente ao Banco de Desenvolvimento do Paraná (Badep), de que chegou a ser diretor.

Na década de 1970, Borja Magalhães foi a Brasília, onde continuou seu trabalho de formação de economistas. Além disso, dirigiu entidades como o Conselho Federal de Economia e o Conselho Regional de Economia.

Borja Magalhães deixa extensa bibliografia, que inclui “História Econômica – Da construção ao Desmanche: análise do projeto de desenvolvimento paranaense”, de 1999, considerada sua principal obra. Como autor e professor, a principal preocupação do economista era a construção de projetos de desenvolvimento duradouros, com o que se contrapôs à visão imediatista de sua época.

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