O Campus Reitoria da Universidade Federal do Paraná sediará o lançamento do livro “Reforma Urbana e Direito à Cidade: desafios para o desenvolvimento nacional”, no dia 14 de dezembro, às 18h. Além da UFPR, participaram da elaboração da obra o Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Terra de Direitos (ONG). O lançamento é promovido pelo Núcleo Curitiba do INCT Observatório das Metrópoles e recebe o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Em formato digital, o livro está disponível para download no site do projeto: reformaurbanadireitoacidade.net/livros
Estruturada em cinco partes temáticas, compostas por capítulos autorais e boxes, a obra atualiza a luta pela reforma urbana e direito à cidade na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Com prefácio elaborado pelo coordenador nacional do Observatório, Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, a publicação foi organizada pelas pesquisadoras Rosa Moura e Olga Lúcia Castreghini de Freitas, e faz parte da coletânea “Reforma Urbana e Direito à Cidade”, que composta por mais 16 livros sobre as metrópoles nas quais o Observatório está organizado como Núcleos Regionais.
Para Rosa Moura, a sistematização dos resultados das pesquisas realizadas pelo Núcleo Curitiba, bem como de experiências de atuação por parte de ONGs, movimentos e coletivos populares é importante porque oferece subsídios a novas pesquisas acadêmicas, e a ações movidas por agentes públicos e pela sociedade. Segundo ela, os dados, informações cartográficas e depoimentos desenvolvidos em análises objetivas e propositivas, têm a finalidade de fortalecer o direito à cidade ou denunciar sua violação. “Formatamos o cenário atual da região, com suas demandas e seu potencial, de forma a clarificar lógicas, interesses e possibilidades pouco visíveis ou não percebidas pelos moradores”, ressalta Moura.
A publicação também oferece propostas para enfrentar as necessidades decorrentes das especificidades do processo de metropolização. Estas propostas são relativas à produção e apropriação do espaço, às transformações nas demandas e na condição da cidadania – também modificada pelo processo de metropolização – sejam ainda resultantes da negligência ou desarticulação dos governantes em um período crítico da história, sem preparo para agir com a rapidez e a precisão científica exigidas por uma pandemia. “O livro analisa a fragilização da sociedade, em particular dos segmentos em condições de maior vulnerabilidade social e econômica, e relata as medidas de urgência assumidas por segmentos sociais, que enfrentaram o cotidiano da crise e salvaram vidas na metrópole de Curitiba e região metropolitana”, pontua a pesquisadora.
Participaram da produção da obra 42 autoras e autores, entre docentes, pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e ativistas em movimentos sociais e coletivos populares. “Além de uma contribuição local, abre a possibilidade de dialogar com outras metrópoles no sentido de apontar novos conteúdos à construção e legitimação da reforma urbana, e de, efetivamente, registrar a evolução histórica das metrópoles brasileiras”, afirma Moura.
Temas abordados no livro
O INCT Observatório das Metrópoles busca produzir conhecimentos para contribuir na percepção dos impactos das transformações sobre as grandes cidades brasileiras, colocando-os a serviço dos atores sociais e governamentais envolvidos com as políticas públicas. O livro “Reforma Urbana e Direito à Cidade – Curitiba” coloca em foco os seguintes temas: estratégias e tecnologias para controle e exclusão da população do direito à cidade, expansão metropolitana e acirramento das desigualdades socioespaciais, leitura crítica da questão da moradia na metrópole de Curitiba, direitos sociais e violações em tempos de pandemia, lutas populares e ações solidárias, com destaque à disputa pelo acesso ao espaço comum urbano e aos novos espaços públicos, bem como relata as principais experiências e ações solidárias em meio à pandemia, salientando o papel da universidade pública e as formas de organização popular, o ativismo social, algumas campanhas populares realizadas e a própria luta pela sobrevivência na metrópole de Curitiba e sua região metropolitana.
Com informações do Observatório das Metrópoles
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