O professor Rodrigo Tadeu Gonçalves, do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPR, na área de concentração “Estudos literários” e integrante da linha de pesquisa “Alteridade, mobilidade e tradução”, recebeu o prêmio “Joaquim Mattoso Câmara Jr”, concedido pela Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN), em segundo lugar, por seu livro “Relativismo linguístico ou como a língua influencia o pensamento”, da editora Vozes, 2020. De acordo com a ABRALIN, o prêmio é conferido a “um livro que oferece uma reconhecida contribuição de valor duradouro para a nossa compreensão das línguas ou da linguística do Brasil”.
“A premiação é muito importante para nós, para o PPG-Letras da UFPR e para a linguística como um todo”, afirma Gonçalves. Ele explica que a publicação decorre de sua tese de doutorado, defendida em 2008, e que se tornou referência no tema por sua abordagem em uma área ainda pouco explorada na linguística brasileira. As recorrentes citações de sua tese em sala de aula e as demandas de pesquisa sobre o tema estimularam o professor a rever, a atualizar e a adaptá-la para o formato livro. “Trabalhei muito para transformar a tese que já estava disponível e era bastante utilizada em um texto de leitura mais acessível, mais fácil de circular entre vários públicos diferentes. Acrescentei referências novas, coisas interessantes que estavam acontecendo, por exemplo, o livro já começa com uma discussão sobre o filme de ficção científica ‘A chegada’, de Denis Villeneuve, que aborda a comunicação entre uma linguista e alienígenas”, declara.
A partir do trabalho de edição dos professores da UFRGS Gabriel Othero e Sérgio Menuzzi, na Editora Vozes, o livro ganhou novos contornos no intuito de problematizar a hipótese de que a língua influencia o pensamento, ou a cognição; tema complexo, contudo organizado de modo que as pessoas leigas no assunto possam entendê-lo de maneira mais simples. A publicação trata da hipótese “Sapir-Whorf”, que se refere à ideia de que as línguas diferentes influenciam o modo como os seres humanos funcionam do ponto de vista cognitivo. Para tanto, Gonçalves resgatou grande parte das discussões a respeito desde o século XVII com ênfase especial no século XIX, devido à figura de Wilhelm von Humboldt, em sua opinião o verdadeiro pai da linguística. Desse modo, ele acrescentou os desenvolvimentos contemporâneos, experimentais, de testagem da hipótese, as pesquisas mais recentes para chegar a um ponto em que discute lado a lado a hipótese da influência da língua no pensamento com aquilo que alguns autores chamam de aspecto criativo da linguagem ou capacidade gerativa com base na leitura de alguns linguistas importantes como Carlos Franchi, George Steiner, Rodolfo Ilari e Wanderley Geraldi.
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