Entre os dias 01 e 03 de outubro, o Projeto de Conservação da Toninha FMAII realiza o ToninhaThon , primeira maratona online de inovação para soluções de diminuição de captura acidental e mortalidade de toninhas em interações com a atividade pesqueira. O evento é inédito para a espécie e pretende reunir estudantes, pesquisadores, pescadores, gestores e sociedade em geral na busca de soluções à captura acidental do golfinho mais ameaçado do Brasil. Interessados de todas as áreas podem participar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 1º de outubro.
Os participantes atuarão em equipe para transformar o potencial criativo em soluções reais a um dos três desafios propostos: redução da captura acidental; desenvolvimento sustentável e comunicação e governança participativa. Os desafios foram pensados com objetivo de favorecer ações em rede envolvendo os diferentes agentes e atores da sociedade. Todos receberão certificado de participação com o número de horas do evento e as três melhores soluções serão premiadas.
Podem se inscrever times de três a seis integrantes formados por pessoas com 15 anos ou mais. As equipes podem ser pré-definidas ou formadas no início do evento. Para maiores de 18 anos e com experiência no tema e em mentorias, é possível participar como mentor do ToninhaThon. Para a função de mentor, a inscrição encerra no dia 30 de setembro.
A toninha (Pontoporia blainvillei) é o golfinho costeiro mais ameaçado no Brasil e a captura acidental (bycatch), ou seja, a captura não intencional em redes de pesca, é o principal risco à conservação da espécie. Conforme explica a bióloga da Universidade Federal do Paraná e coordenadora do Projeto de Conservação da Toninha FMA II, Camila Domit, as interações de espécies ameaçadas de extinção com a pesca trazem risco à sobrevivência de toninhas, outros golfinhos, tartarugas marinhas, tubarões e arraias, mas também afetam de forma social e econômica os pescadores.
A solução depende do olhar de pesquisadores, pescadores, mas também da sociedade como um todo, por isso a importância de pensar em conjunto as alternativas para este problema. “Quando a captura é acidental, ou seja, não é desejada, alternativas que reduzam a interação são benéficas aos animais e à pesca, uma vez que protegem a espécie ameaçada de extinção e podem qualificar a cadeia produtiva pesqueira e valorizar as atividades tradicionais e de relevância econômica. Por isso, vamos reunir mentes criativas, engajadas e com espírito transformador para trazer soluções viáveis aos desafios propostos”, complementa a pesquisadora.
O ToninhaThon é promovido pela Associação MarBrasil e o Laboratório de Ecologia e Conservação daUFPR, em conjunto com diversas instituições parceiras, em destaque o Instituto Federal do Paraná (IFPR), Agência de Inovação da UFPR, Sebrae e Núcleo de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo Sustentável do CPP-Centro de Estudos do Mar (CEM-UFPR).
Os detalhes sobre a programação, o regulamento completo e uma sessão de dúvidas estão disponíveis no site do evento em www.toninhathon.com.br . Para auxiliar os participantes no entendimento dos desafios, uma série de bate-papos está sendo conduzida ao longo deste mês, nas redes sociais @lecufpr e @associaçãomarbrasil.
A realização do Projeto Conservação da Toninha FMAII é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa PetroRio, conduzido pelo Ministério Público Federal – MPF/RJ.
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