A Universidade Federal do Paraná (UFPR) comemora 107 anos com memórias e histórias de milhares de acadêmicos, servidores técnico-administrativos e professores. Estas histórias são motivos de orgulho, pois representam trajetórias de dedicação, determinação e amor ao ensino, pesquisa e extensão. Estas conquistas serão representadas por homens, mulheres  e projetos que se destacaram e, por isso, serão homenageados pela universidade no dia em que a instituição mais antiga do país celebra o seu aniversário.

Extensão

Um programa pioneiro no país, que integra diferentes cursos de graduação e projetos da Universidade Federal do Paraná, é referência de assistência e acolhimento a migrantes e refugiados em Curitiba. O Programa de Política Migratória envolve ações que variam de assistência clínica e jurídica ao ensino da Língua Portuguesa, desdobrando-se em iniciativas que se acumulam desde 2014 e que serão homenageadas na solenidade de comemoração ao aniversário da UFPR, na próxima quarta (11), às 19h, no Teatro da Reitoria.

A coordenadora do projeto de psicologia integrado ao programa de políticas migratórias, Elaine Cristina Schmitt Ragnini, é quem vai representar a equipe, que atendeu cerca de 5 mil refugiados e migrantes entre 2014 e 2018. Para ela, o programa traduz o tripé que dá relevância à instituição universitária: além de uma extensão que trabalha diretamente com a demanda da sociedade, articulando-se para “olhar para a realidade”,  ocupa-se da pesquisa, com envolvimento de grupos de estudos, e também do ensino, a partir diferentes práticas profissionais que atuam em seu escopo.

Recepção de migrantes e refugiados na UFPR (Sucom/UFPR)

Entre outras conquistas,  o programa foi o impulsionador das resoluções nº 13/14, 02/16 e 63/18, que possibilitam que migrantes refugiados ou com visto humanitário possam estudar, revalidar diplomas ou ainda entrar na Universidade por um processo seletivo especial. A equipe do curso de Psicologia é responsável por, entre outras coisas, acompanhar de perto a jornada universitária dos mais de 80 acadêmicos migrantes e refugiados matriculados na UFPR.

Segundo Cristina, a Psicologia passou a compor o programa a partir da experiência com os outros serviços oferecidos. “Já havia ações sendo desenvolvidas, mas se notava uma dificuldade psíquica muito grande nesses sujeitos, que são marcados ou por situações traumáticas extremas ou por muitas perdas e seus lutos”, explica. Por conta disso, há uma preocupação em trabalhar as dificuldades psíquicas que atravessam o processo migratório, além de desencadear outras ações que se mostrem necessárias ao longo do processo.

Saiba mais sobre o Programa de Política Migratória

Conheça os homenageados e homenageadas