O aniversário da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que será celebrado nesta quarta-feira (11), 19h, com uma solenidade especial, também irá reverenciar a trajetória de uma mulher que marcou a história. Os Correios irão lançar, durante a cerimônia, o último selo da coleção “Mulheres Brasileiras que Fizeram História: Aracy de Carvalho Guimarães Rosa”.
Paranaense de Rio Negro, Aracy é considerada heroína por ter arriscado a própria vida para salvar judeus na Segunda Guerra Mundial. Participam do lançamento o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca; a vice-reitora, Graciela Inês Bolzon de Muniz; o vice-governador do Paraná, Darci Piana; o prefeito de Curitiba, Rafael Greca; e o superintendente de operações dos Correios no Paraná, Paulo Kremer.
A história do “Anjo de Hamburgo”, como Aracy ficou conhecida pela luta em defesa da vida, é exemplo de coragem e amor ao próximo. Filha de pai brasileiro e mãe alemã, ainda criança, mudou-se com os pais para São Paulo. Teve um filho, Eduardo Carvalho Tess, fruto do seu primeiro casamento com o alemão Johann Eduard Ludwig Tess. Mudou-se para Alemanha em 1934 com o filho de apenas 5 anos de idade, após o divórcio. Encontrou um país com cenário político, sociocultural e econômico afetado pela intolerância e pelo ódio que oprimia e matava os judeus. Falava inglês, francês e alemão e, em 1936, encontrou trabalho no Itamaraty, assumindo a chefia da Seção de Passaportes do consulado brasileiro em Hamburgo. Em sua jornada no consulado, mesmo sabendo das restrições legais para a entrada de judeus no Brasil, continuou emitindo os vistos, possibilitando a entrada dos judeus no país.
Aracy conheceu o escritor João Guimarães Rosa, um dos mais importantes do Brasil, em Hamburgo. Uniram-se ainda na Alemanha, quando Guimarães Rosa era Cônsul-Adjunto, tornando-se cúmplice da nobre e justa, porém perigosa, iniciativa de Aracy. O casal permaneceu naquele país até 1942, quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha, passando a apoiar os aliados da 2ª Grande Guerra. A união de Aracy e Guimarães Rosa foi oficializada na embaixada do México, em 1947, no Rio de Janeiro.
O escritor dedicou sua obra “Grande Sertão: Veredas”, publicada em 1956, à companheira, justamente por seus princípios e valores. Aracy, que morreu em 28 de fevereiro de 2011, aos 102 anos, foi sepultada no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, ao lado de seu marido, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. Ela é a sexta homenageada da série, que já divulgou as histórias de Maria da Penha, Hortência, Hebe Camargo, Elza Soares e Carolina Maria de Jesus.
Festividades
As festividades de aniversário da UFPR, em 2019, terão como tema a importância da instituição para o Estado. A sessão pública do Conselho Universitário, marcada para o dia 11 de dezembro, quarta-feira, a partir das 19h, no Teatro da Reitoria, irá reunir a comunidade universitária, mas também egressos e admiradores da universidade mais antiga do Brasil. A comemoração contará com diversas atividades, como a entrega de certificados e homenagens.
A UFPR foi federalizada em 1950, e sua história envolve uma intensa luta para o que Victor Ferreira do Amaral e Silva chamou de “emancipação do Estado”, o que, segundo ele, representaria também a possibilidade de “emancipação intelectual”. Ele foi um dos fundadores da universidade 107 anos atrás. O evento de comemoração é aberto ao público.
Serviço
O que: Aniversário de 107 anos da UFPR
Quando: 11/12, 19h
Onde: Teatro da Reitoria da UFPR
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