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Prefeitura de Curitiba anuncia criação de inédito parque urbano em sítio paleontológico descoberto pela UFPR

26 março, 2018
18:50
Por
Ciência e Tecnologia

O professor Edvaldo Trindade (à direita) representou o reitor Ricardo Marcelo Fonseca na assinatura do decreto, hoje, feita, pelo prefeito Rafael Greca de Macedo. Imagem: Luiz Costa (PMC).

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca de Macedo, e a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, assinaram hoje (dia 26) 0 decreto de criação do Parque Paleontológico Formação Guabirotuba – Geossítio de Curitiba. O parque está localizado em um sítio paleontológico urbano descoberto pela UFPR – inédito no Brasil – situado em uma área de 160 mil metros quadrados localizada às margens da BR-277, próxima do Contorno Sul, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

A Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) será a segunda mais antiga do Brasil e foi anunciada, em 8 de fevereiro, durante reunião do prefeito Rafael Greca de Macedo com uma equipe de especialistas da UFPR liderada pelos professores Fernando Sedor (paleontólogo e coordenador científico do Museu de Ciências Naturais),  Luiz Alberto Fernandes (membro do Programa de Pós-Graduação em Geologia).

Depois do anúncio do parque, os professores Sedor e Fernandes deram aula magna sobre o geossítio para 240 alunos da rede municipal e outros convidados, no Memorial de Curitiba.  O diretor do Setor de Ciências Biológicas da UFPR, Edvaldo da Silva Trindade, que representou o reitor Ricardo Marcelo Fonseca na solenidade, elogiou a iniciativa.  “O tombamento respeita o respeito da cidade com a UFPR e com a continuidade das pesquisas, garantindo que esta região não seja devastada”. Ele também destacou o fato de a UFPR ser protagonista no processo. “Mais uma vez, a UFPR mostra que é uma Universidade que tem tradição em pesquisa”, comentou.

Pesquisas e visitação

O prefeito Rafael Greca de Macedo destacou a importância do  parque para Curitiba. “É com alegria que criamos agora o Parque do Geossítio de Curitiba para que o Brasil e o mundo saibam que Curitiba ama e preserva a história que está nos fósseis, guardada nas entranhas da terra”, comentou, ao lado da secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias, que destacou a conquista, anunciada na semana em que a cidade comemora os 325 anos da sua emancipação política.

“O prefeito fez questão de incluir este evento na programação do aniversário da cidade porque é um evento ímpar. Vamos fazer um decreto criando um parque que vai garantir a conservação deste espaço, É uma iniciativa, única no Brasil, na qual o município cria um parque e protege uma área como unidade de conservação e de pesquisas científicas, o que é de fundamental importância”. Marilza disse que o parque será submetido a obras, que tomarão como base um projeto detalhado de aproveitamento do espaço. Ele deverá ser aberto para visitação em 2019. Mas estará disponível imediatamente para a realização de pesquisas. O parque será abrigará ainda atividades culturais por meio do programa educacional Linha do Conhecimento, garantindo que crianças sejam incentivadas à pesquisa por meio de visitações ao local.

A proposta de criação do sítio foi apresentada à prefeitura há cerca de 1,5 ano, quando os professores e pesquisadores da UFPR perceberam o risco de que a especulação imobiliária e a urbanização destruíssem o local, cercado por uma zona residencial. O professor Fernando Sedor explicou que a criação do sítio vai valorizar e divulgar o patrimônio geológico e palentológico da cidade, ampliando os registros sobre a bacia sedimentar de Curitiba e estabelecendo técnicas de conservação que mantenham as exposições íntegras e acessíveis para usos científico e educativo.

“A iniciativa é fundamental para o desenvolvimento das pesquisas e para o resgate da história de Curitiba”, comentou.  Além dos professores citados, participa do projeto uma equipe de geólogos da UFPR formada por Fernanda Cristine Borato Xavier, Kimberlym Tabata Pesch Vieira e, ainda, Davi Dias da Silva, do Museu de Ciências Naturais/Fundação Zoobotânica/RS.

O local tem grande importância geológica e paleontológica. Trata-se do último remanescente da Formação Guabirotuba, onde foram encontrados fósseis de vertebrados e invertebrados que permitem o estudo da evolução da fauna da América do Sul. Entre eles, ancestrais de tatus e preguiças e uma nova espécie (Proecoleophorus Carlinii) cuja idade data do período Eoceno, a segunda época da era Cenozoica, compreendido entre 55 milhões de anos e 36 milhões de anos.

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