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Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas cria banco de dados inédito com acervos de museus

23 fevereiro, 2018
13:59
Por
Extensão e Cultura

O professor Otis: “Nesta primeira etapa, que deve durar um ano, vamos ver que sistemas eles usam e fazer um diálogo entre eles”. Imagem: Samira Chami Neves..

O Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da UFPR (CEPA), vinculado ao Departamento de Antropologia, criou um banco de dados virtual e gratuito, inédito no País, contendo os acervos de peças e de coleções dos museus que participam do projeto “Tecendo uma rede cultural: um banco de dados patrimonial para compartilhar informações de coleções”. O banco de dados está sendo alimentado com informações, e por isso ainda não está disponível para o público externo.

Além de dispensar o uso do papel, o que racionaliza despesas, a ferramenta oferece um método padronizado de gravação de dados. Possibilita, ainda, que o banco seja compartilhado, facilitando a realização de pesquisas e a troca de informações entre todas as organizações.

A ferramenta também pode ser adaptada a outras categorias de museus distintos dos arqueológicos – históricos, etnográficos, artes, ciências naturais etc. E, ainda, pode ser facilmente modificada para incorporar dados de outras instituições que já estabeleceram catálogos digitais ou de papel.

Diálogo com outros museus

O CEPA tem cerca de 10 mil peças, formadas por material recolhido de atividades de campo e de pesquisa desenvolvidas por professores como José Loureiro Fernandes, João Bigarella e Igor Chmyz. Associado ao material arqueológico, existe também um vasto acervo documental que inclui fotografias, mapas, desenhos científicos e outros documentos.

A catalogação das informações das coleções arqueológicas e do acervo documental do CEPA foi iniciada em 2015, assim como a criação do banco de dados do Centro de Pesquisa. Estas atividades foram institucionalizadas como parte do trabalho previsto no projeto de extensão “Difusão do patrimônio científico do CEPA/UFPR: ações de educação patrimonial, exposições arqueológicas e espaços de ciência”, iniciado em 2016, sob a coordenação da museóloga Mariana Novaes (CEPA/DEAN) e do professor arqueólogo Fabio Parenti (CEPA/DEAN/PPGA).

A partir do banco de dados que vem sendo implementado no CEPA, foi iniciado o projeto “Tecendo uma rede cultural: um banco de dados patrimonial para compartilhar informações de coleções”, sob a coordenação do pesquisador arqueólogo Otis Crandell, bolsista de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) do DEAN. Outras instituições interessadas em compartilhar seus acervos – como o Ecomuseu de Itaipu, o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) – também estão enviando seus dados, que estão sendo compilados pela equipe da CEPA.

A intenção do coordenador do projeto é criar uma ampla rede de museus e outras instituições possuidoras de coleções interessadas em compartilhar seus dados, que são armazenados em um servidor em formato universal (MySQL). A interface do usuário pode utilizar vários softwares (como o Access, Filemaker, Libre Base e SophiA).

Crandell está contatando outros museus e instituições, dentro e fora da UFPR, para propor a formação de uma rede para colaborar no compartilhamento de informações relacionadas ao patrimônio.  “Nesta primeira etapa, que deve durar um ano, vamos ver que sistemas eles usam e fazer um diálogo entre eles”, diz.

Os benefícios

A adesão à rede traz outros benefícios às instituições. Primeiro, a facilidade no compartilhamento das informações sobre coleções. Os professores, pesquisadores e funcionários de cada instituição têm, inclusive, a possibilidade de entrar em contato diretamente com o responsável.

Além disso, o sistema fornece um método padronizado de gravação de informações, o que facilita a comparação de dados entre as instituições. Finalmente, a ferramenta é menos trabalhosa para muitas instituições que atualmente empregam catálogos simples, já que utiliza softwares comuns de bancos de dados (por exemplo, MS Access), tornando mais fácil aos pesquisadores personalizar a interface de acordo com suas necessidades e preferências.

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