Durante uma semana nas aulas e outra nas férias, Bruno Jacson Martynhak monitorou os horários de sono dos grupos de pessoas matutinas (que dormem e acordam cedo), vespertinas (que dormem e acordam tarde) e intermediárias. Para isso os voluntários utilizaram um equipamento no punho chamado actímetro. O aparelho registra a atividade, podendo então, junto a um diário que os voluntários preencheram, inferir os horários de sono. São grupos bastante distintos, que em regra geral, um não entende o outro, independente das pesquisas mais recentes comprovarem que existem fatores genéticos que influenciam no sono das pessoas.
Seu estudo, que monitorou apenas estudantes, mostrou que os vespertinos dormem em média uma hora menos que os matutinos, em razão da rotina escolar durante a semana. Esses dormem mais tarde mas têm que acordar igualmente cedo para freqüentar a escola, que geralmente inicia às 7 horas, obrigando-os a acordarem até uma hora mais cedo, por volta das 6 horas. Durante as férias, todos os grupos tendiam a acordar mais tarde e dormir mais: os vespertinos continuaram dormindo e acordando tarde e os matutinos, mesmo mantendo os horários de dormir, também acordaram espontaneamente mais tarde do que o habitual.
Em seu trabalho, o estudante propõe mudanças nos horários dos colégios, que poderiam iniciar as aulas em torno das 9 horas. Bruno salienta que a privação do sono causa problemas variados, dos cardíacos aos psíquicos, passando pelos déficits de atenção e aprendizagem, o que justificaria uma mudança nos horários para atender melhor o relógio biológico dos estudantes.
‘Iniciar as aulas às 08h30min e terminar às 12h30min já
seria uma grande ajuda. Uma hora de sono a mais pode fazer muita diferença. Das 9 às 13 horas seria melhor ainda. Penso em quatro horas-aula porque tipicamente as aulas ocorrem das 7h30mmin às 11h30min’, pondera Bruno, ao enfatizar que mesmo os matutinos dormem mais em férias, o que nos faz pensar que os horários estão inadequados para quase todos.
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Fonte: Leticia Hoshiguti
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