Andifes lança, em Brasília, Frente Parlamentar Mista pela Valorização das Universidades Federais

O vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho, participou hoje (dia 11) na Câmara dos Deputados, em Brasília, do lançamento da Frente Parlamentar Mista pela Valorização das Universidades Federais.

Ao lado do presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo, Zaki pediu apoio dos deputados e senadores para construir projetos e desenvolver ações destinados ao fortalecimento das universidades federais e ao desenvolvimento da Educação. Compareceram ao evento 71 parlamentares, incluindo os deputados paranaenses Sérgio Souza (PMDB) e Alex Canziani (PTB).

Os deputados federais Sérgio Souza (à esq.) e Alex Canziani (à dir.) com Zaki Akel Sobrinho: apoio às universidades federais. Foto: Andifes.

O deputado Sérgio Souza discursou no evento destacando a importância da frente para o ensino superior e a Educação. “Estou à disposição para ajudar no que for necessário para garantir o fortalecimento das universidades federais”, disse. Já o deputado Alex Canziani considerou que a frente terá papel importante no fortalecimento das universidades, especialmente na ampliação dos recursos. “É uma maneira de os deputados e senadores pressionarem o governo federal na obtenção de melhorias para o setor”, avaliou.

O grupo reúne senadores e deputados federais com perfil suprapartidário e atuará por meio do assessoramento das universidades federais – maiores referências na produção de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. “Com isto, esperamos valorizar duas instituições brasileiras – as universidades federais e o Congresso Nacional”, comentou o reitor da UFPR.

No documento apresentado aos parlamentares, a Andifes explica que pretende viabilizar meios para que as universidades superem desafios como a expansão, aumento do orçamento e da qualidade, redução das assimetrias regionais, internacionalização, democratização do acesso e a valorização das carreiras docente e dos técnico-administrativos.

O presidente da Andifes, Targino de Araújo (à direita), conduziu o lançamento da Frente Parlamentar ao lado do vice-presidente, Zaki Akel (à esq.). Imagem: Andifes.

Não é a primeira vez que a Andifes toma esta iniciativa de aproximação com o Parlamento. Em legislaturas anteriores, a organização conseguiu o apoio do Congresso em projetos importantes, como a Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) – que resultou já  criação de cargos e na ampliação do orçamento das universidades federais – bem como na  vinculação dos royalties do petróleo à Educação.

Papel estratégico

Targino de Araújo disse que as universidades federais são estratégicas para o desenvolvimento do País e exercem papel vital na criação de mecanismos para a superação das desigualdades regionais. “Temos no nosso Congresso parlamentares que se interessam pelo tema. As  universidades terão na Frente Parlamentar mais um canal de intervenção no ambiente político”, comentou.

A Frente Parlamentar em Apoio às Universidades Federais utilizará para o seu planejamento de debates e ações o Plano de Desenvolvimento das Universidades (PDU), documento elaborado pela Andifes e entregue a todos os candidatos a presidente da República na eleição de 2014. Nele, constam seis diretrizes de trabalho para o desenvolvimento das universidades nos próximos dez anos: desenvolvimento regional; desenvolvimento nacional; inovação tecnológica; internacionalização; formação de professores e educação a distância.

A sugestão da Andifes é que as ações do Parlamento com a academia estejam em consonância também com o Plano Nacional de Educação (PNE). “É o projeto de Estado mais importante estrategicamente para o desenvolvimento do País e por estarem as universidades relacionadas com a maioria das metas estabelecidas no PNE”, explicou Zaki Akel Sobrinho.

Lideranças

A deputada Margarida Salomão (PT-MG), ex-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), estão à frente da mobilização, apresentando a proposta e convidando parlamentares de todos os partidos. “Nós sempre tivemos trabalhos valiosos junto à Andifes. Neste momento em que estamos vivendo um novo contexto, com a decisão da presidenta de adotar como mote do governo Brasil ´pátria educadora´, precisamos levar adiante o nosso projeto com as universidades federais, envolvendo a sua ampliação, a sua interiorização, a melhoria das suas condições de trabalho e o seu impacto no cotidiano da sociedade brasileira”, disse a deputada.

A senadora Fátima Bezerra (de blusa cor-de-rosa) e a deputada federal Margarida Salomão (à esquerda do reitor Zaki Akel) lideram a Frente. Imagem: Andifes.

O Brasil tem 65 universidades federais, com mais de um milhão de alunos da graduação e da pós-graduação. São 83.972 docentes e 102.056 técnico-administrativos, trabalhando em mais de 321 campi. Estas instituições também possuem alunos do ensino fundamental e médio nos colégios de aplicação, escolas técnicas e agrícolas. Oferecem ainda 45 Hospitais Universitários (entre eles o Hospital de Clínicas da UFPR), que formam a maior e mais qualificada rede do Sistema Único de Saúde.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Andifes, com Aurélio Munhoz, da ACS da UFPR.