A UFPR realizou na última segunda-feira (24) o I Encontro de Protetores Independentes do Paraná. O evento reuniu pessoas que não são ligadas a ONGS e que fazem um trabalho importante de proteção aos animais. O objetivo foi buscar uma aproximação entre a universidade e esses voluntários, discutindo formas de juntos fazer cidades melhores para humanos e animais, diminuindo maus tratos, abandono e tendo em vista a saúde das comunidades. O evento foi coordenado pela professora Rita de Cassia Maria Garcia, do curso de Medicina Veterinária.
Ela conta que a ideia do encontro teve origem com a demanda trazida por três estagiários em Medicina Veterinária do Coletivo, abordando a necessidade de colaborar com os protetores independentes no manejo populacional de cães e gatos. A Medicina Veterinária do Coletivo é uma nova área da Medicina Veterinária, que agrega as grandes áreas de saúde pública, medicina de abrigos e medicina veterinária forense. “O abandono de cães e gatos é um sério problema mundial, principalmente nos centros urbanos. Ações como educação para guarda responsável, registro e identificação dos animais (relacionando-os com seus proprietários), legislações pertinentes e controle reprodutivo (hoje a castração cirúrgica) são os principais pilares para conseguirmos coibir o abandono”, explica a professora Rita.
Durante o Encontro, os protetores retrataram suas ações e importantes projetos educativos foram identificados. As demandas geradas e que podem ter interface entre Universidade e Protetores Independentes (PI) , além de outros setores da sociedade foram: criar uma rede de veterinários solidários que possam atender os animais encaminhados pelos PI a preços reduzidos e a necessidade de um hospital público; a falta da castração massiva nos municípios, propiciando abandono de filhotes e fêmeas prenhes; o número de castrações feitas hoje pelos municípios, mesmo em parceria com a UFPR, é muito pequeno para ter um efeito sobre a dinâmica populacional; a falta de um local para abrigar temporariamente animais vítimas de maus tratos faz com que as ações da policia ficam atravancadas, uma vez que o animal vitimizado tem que continuar com o seu próprio agressor; o envolvimento do CRMV do PR na questão do manejo populacional de cães e gatos para ajudar na divulgação da importância das ações sociais pelos médicos veterinários, uma vez que a solução da problemática do abandono passa pelas mãos dos veterinários; a necessidade da participação dos PI, UFPR e demais atores sociais envolvidos com o manejo populacional e com a causa animal nos conselhos municipais de meio ambiente e saúde das cidades do Paraná, para levar propostas relacionadas a programas para o manejo populacional de cães e gatos.
Uma outra questão surgida no encontro foi a de que veterinários não estariam utilizando protocolos corretos de anestesia para a castração dos animais. O Código de Ética do Veterinário prevê que o profissional tem que usar tudo que há de mais desenvolvido para diminuir a dor e sofrimento dos animais. “Nesse sentido, os protocolos anestésicos apenas com ketamina e xilazina não devem ser utilizados, mas infelizmente é uma pratica comum no Paraná. Precisamos mudar essa realidade”, finaliza a professora.
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