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Cenacid UFPR oferece apoio científico em desastres causados pelas chuvas em São Paulo e Minas Gerais

Integrantes do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) participaram, nas primeiras semanas de fevereiro, de missões em São Paulo e Minas Gerais, regiões que foram severamente afetadas pelas chuvas intensas que ocorreram nos primeiros meses de 2022 e geraram inundações e deslizamentos.

Os municípios Franco da Rocha e Francisco Morato, em São Paulo, e Betim, Sabará e Capitólio, em Minas Gerais, foram alvo dos estudos e receberam apoio científico para o enfrentamento da emergência. Os relatórios específicos para cada situação estão em fase final de produção.

São Paulo

O primeiro local visitado pelos pesquisadores foi Franco Rocha, em São Paulo. A cidade sofreu com enchentes e deslizamentos causados pelas fortes chuvas em janeiro deste ano, que resultaram em 18 mortes. Segundo constatações da equipe da UFPR, a região é marcada pela ocupação e pelo uso inadequado do solo, além de apresentar problemas geológicos, sociais e econômicos que contribuem para o risco elevado de acidentes, que ainda permanece.

Regiões de Franco da Rocha (à esquerda) e Francisco Morato (à direita), em São Paulo, afetadas por deslizamentos. Fotos: Cenacid/UFPR

Outra cidade da grande São Paulo muito atingida pelas fortes chuvas foi Franciso Morato, que registrou pelo menos oito vítimas de deslizamentos. De acordo com o coordenador do Cenacid, professor Renato Lima, as áreas avaliadas, apesar de habitadas por famílias, são muito propícias a deslizamentos. “Recomendamos às autoridades a mudança desses moradores para áreas seguras e providências para orientação e apoio”.

Minas Gerais

Já em Minas Gerais, a equipe foi até Betim para conhecer algumas das áreas atingidas e ameaçadas por deslizamentos de terra e observaram a resistência dos moradores em sair das regiões perigosas.

Inundações e deslizamentos em Betim, MG

Na cidade de Sabará, os membros no Cenacid avaliaram áreas que já haviam sido analisadas em eventos similares de 2020 e verificaram que o município aplicou as orientações apresentadas pela equipe na época. “Contudo, as chuvas de janeiro voltaram a provocar inundações e deslizamentos. Realizamos novas orientações e sugestões às autoridades”, informa Lima.

Em Capitólio, os pesquisadores percorreram as margens do reservatório da barragem de Furnas, onde barcos de turistas afundaram, no início de janeiro, após parte do cânion desabar. Junto a cientistas da Universidade Estadual Paulistas (Unesp), a equipe inspecionou o local do acidente e compartilhou análises dos processos perigosos em desenvolvimento, além de avançar nas discussões sobre os riscos e a segurança do turismo na área.

Visita à barragem de Furnar em Capitólio, MG

“Também avaliamos a área do acidente em Capitólio pelos acessos terrestres. Percorremos os mirantes, ponte pênsil, trilhas de acesso, escadaria até a base do canhão, e cruzamos áreas de cerrado no topo da escarpa. Verificamos situações de instabilidade geológica do maciço quartzito”, alerta o coordenador do Cenacid, revelando que várias situações preocupam e exigem atenção especial.

Em balanço final, os membros do Centro afirmaram que foram grandes os prejuízos e as perdas nas cidades afetadas pelos desastres do início deste ano. A equipe segue estudando e pesquisando processos perigosos para apoiar a sociedade quando possível e necessário.

Além de Lima, participaram da missão os professores Lázaro Zuquette, Universidade de São Paulo (USP); Tiago Marino, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); e da diretora de Geologia do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), Aline Freitas; todos pesquisadores do Cenacid.

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