Imagem Padrão

Justiça determina anulação da progressão funcional acumulada de professores

23 maio, 2019
12:18
Por
16 Visualizações
UFPR

A Justiça Federal de Primeira Instância julgou improcedente o pedido feito pela Associação dos Professores da Universidade Federal Do Paraná (APUFPR) que buscava o reconhecimento de direito dos docentes a progressões/promoções acumuladas.

A decisão liminar que havia sido concedida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) permitindo a realização das progressões e promoções funcionais docentes acumuladas ou intercaladas foi cassada em decisão colegiada do próprio Tribunal. A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) comunicou, por ofício, a determinação judicial que obrigava a revisão dessas progressões à então diretoria da APUFPR em 7 de dezembro de 2018. Tendo em vista que foi a APUFPR que provocou esta ação judicial, caberia à própria associação ter alertado e comunicado seus interessados.

No último dia 23 de abril, foi proferida a sentença de primeiro grau que julgou improcedente o pedido da parte autora (APUFPR). O juiz alega que o efetivo exercício dentro do nível só ocorreria 24 meses após a publicação da portaria de progressão e as atividades de ensino desenvolvidas pelo professor seriam referentes àquele nível de progressão funcional. Portanto, com base na sentença, ressaltando a liminar anteriormente cassada, a UFPR deve revogar as progressões acumuladas.

Efeitos

Até o momento, segundo levantamento da Progepe, 15o docentes de um total de 2529 ativos e 6 de 1457 inativos serão afetados com essa decisão, o que corresponde a menos de 5% da categoria. As demais progressões estão com andamento regular.

A orientação para informações é buscar o processo 23075.030126/2019-59 no SEI, que é público, no qual constam as portarias e os números dos processos individuais.

Histórico do processo

De acordo com a Procuradoria Federal do Paraná, a APUFPR ajuizou, em novembro de 2017, a Ação Civil Pública nº 5047727-71.2017.4.04.7000 pretendendo o reconhecimento do direito de docentes substituídos à manutenção de progressões/promoções acumuladas, na forma em que aprovadas originalmente pela UFPR, e depois vedadas pelo Ministério do Planejamento, tendo em vista entendimento contrário da Advocacia Geral da União (AGU).

O juízo de 1º grau já havia indeferido a antecipação dos efeitos tutela (em 13 de novembro de 2017) mas posteriormente o TRF4, em decisão monocrática, concedeu liminar para essa antecipação (12 de dezembro de 2017). Em razão disso, a UFPR cumpriu a ordem judicial e editou todas as portarias de progressões acumuladas que estavam pendentes de implantação ainda nos primeiros meses de 2018.

Em 26 de junho de 2018, o próprio Tribunal, agora em decisão colegiada, cassou a liminar anteriormente deferida. Razão pela qual as progressões acumuladas implantadas deveriam ser revogadas. No último dia 23 de abril de 2019, foi proferida a sentença de primeiro grau que julgou improcedente o pedido da parte autora (APUFPR). Em sua fundamentação, assim destacou o juiz:

“Ademais, apesar de o art. 13 da Resolução nº 10/2014-CEPE prever a possibilidade de progressões acumuladas ou múltiplas, a mesma Resolução dispõe em seu artigo 14 que ‘a contagem de pontos será a partir da produção acadêmica do docente vinculado à UFPR durante o interstício, a partir de sua última progressão’. Assim, para fins de pontuação considera-se a data constante na última portaria de progressão ou promoção.

Nesse contexto, entendo que a implantação de progressões múltiplas não tem base legal, pois o professor não teria passado pelos outros níveis de classe, ou seja, não teria tido o efetivo exercício em cada nível e a respectiva avaliação quando do exercício nesse nível. O efetivo exercício dentro desse nível só ocorreria 24 meses após a publicação da portaria de progressão e as atividades de ensino desenvolvidas pelo professor seriam referentes àquele nível de progressão funcional”.

 

Sugestões

24 outubro, 2024

Quatro trabalhos da UFPR foram premiados pela 5ª conferência científica para América Latina da Poultry Science Association (PSA), […]

24 outubro, 2024

Lançado no MCTI, levantamento liderado por Luciane Marinoni, do Departamento de Zoologia da UFPR, alerta para risco de desaparecimento da maioria desses acervos.

24 outubro, 2024

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) dá um passo significativo na promoção da saúde ao ser credenciada como […]

23 outubro, 2024

O Setor de Ciências Biológicas está promovendo a II Semana UFPR Lixo Zero. Nesta edição do evento, destaque […]