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FEDERAL DO PARANÁ

Professores e alunos da UFPR produzem série de vídeos sobre eficácia de plantas medicinais; primeiro capítulo aborda camomila

O projeto Saber Popular Baseado em Evidências, que envolve cinco cursos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), apresenta estudos científicos sobre plantas medicinais com uma linguagem simples e acessível para o público. Vídeos curtos e com animações são divulgados no canal do YouTube do Grupo de Pesquisas em Recursos Educacionais da UFPR. Serão produzidas 11 séries que explicarão como reconhecer a planta, sua história, indicações e contraindicações, princípios ativos, e como prepará-la para extrair seus benefícios. O primeiro capítulo foi publicado nesta semana e trata sobre a camomila.

Com o objetivo de validar o conhecimento popular através da comprovação científica, o projeto utiliza o portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para embasar a pesquisa bibliográfica de dados e artigos publicados em diferentes idiomas. Ao todo, 11 plantas farão parte da série de vídeos produzidos pela equipe: camomila, cidreira (capim limão), hortelã, boldo, guaco, marcela, erva-doce, malva, alecrim, carqueja e quebra-pedra. Os fitoterápicos escolhidos são os mais usados pela comunidade universitária, de acordo com um estudo realizado dentro da própria universidade.

Parte da equipe do projeto na Jornada de Agroecologia, que ocorreu na Praça Santos Andrade, em 2018, buscando conhecimentos sobre pesquisas com fitoterápicos. Foto: Divulgação
Parte da equipe do projeto na Jornada de Agroecologia, que ocorreu na Praça Santos Andrade, em 2018, buscando conhecimentos sobre pesquisas com fitoterápicos. Foto: Divulgação

Segundo a professora Flávia Sant’Anna Rios, do departamento de Biologia Celular da UFPR e uma das coordenadoras do projeto, a ideia é resgatar o conhecimento popular sobre as plantas medicinais de forma a ensinar e esclarecer suas propriedades e evitar problemas relacionados ao uso incorreto dessas plantas. “A partir do embasamento científico, podemos assegurando a extração do que essas plantas têm de melhor, sem os riscos de uma utilização incorreta, toxicidade, ou interação com medicamentos”, disse.

A equipe que desenvolve os trabalhos integra alunos bolsistas e voluntários dos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Nutrição. A coordenação do projeto é das professoras Flávia Sant’Anna Rios, do departamento de Biologia Celular, e Sibele Yoko Mattozo Takeda, do departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia.

O que você sabe sobre a camomila?

Na primeira série de vídeos, a planta escolhida foi a camomila. O primeiro vídeo já está no ar e apresenta a história da planta e como reconhecê-la. Mais três capítulos, explicando os benefícios, preparo e contraindicações, serão publicados nos próximos dias.

A camomila, planta escolhida para a primeira série de vídeos, é originária da Alemanha. Foto: Divulgação
A camomila, planta escolhida para a primeira série de vídeos, é originária da Alemanha. Foto: Divulgação

A pesquisa constatou que a camomila pode melhorar o sono e a digestão, bem como funcionar como um antioxidante e anti-inflamatória. Você sabia que a planta também serve como conservante para laticínios e pode ser usada em bochechos para prevenir cáries? Essas e outras informações serão abordadas nos próximos capítulos da série.

Além disso, ainda serão apresentadas as formas corretas de preparos e a quantidade ideal para o uso. Um dos principais erros na preparação de chás é ferver a erva junto à água (decocção), sendo que a forma correta do preparo é despejar água quente sobre a planta (infusão).

Outro assunto importante é a contraindicação. A camomila não é recomendada para crianças de até três anos, gestantes e lactantes, além de apresentar interação com a Varfarina, que é um fármaco do grupo dos anticoagulantes.

Após a camomila, a próxima série de vídeos trará capítulos introdutórios sobre a fitoterapia e, em seguida, a planta apresentada será a cidreira (capim limão).

Assista abaixo ao primeiro capítulo da série de vídeos sobre camomila:

Por Vinicius Fin Valginhak
Sob supervisão de Chirlei Kohls
Parceria Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom) e Agência Escola de Comunicação Pública e Divulgação Científica e Cultural da UFPR

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