Durante a palestra o médico, de 83 anos, explicou que a vida produtiva é cada vez mais curta. Antes dos 30 anos o mercado de trabalho não valoriza porque falta experiência e depois dos 60 é a idade que afasta os trabalhadores.
O encontro foi organizado pelos integrantes do Projeto Integrar, que desenvolve uma série de atividades com 300 idosos de Curitiba. Muitos deles estavam presentes nos debates e explicaram o que mudou depois que passaram a freqüentar o programa na UFPR. Há aulas de dança, de informática,dinâmicas de grupo, oficina de literatura entre outras atividades com o objetivo de mostrar que o idoso tem vontade e capacidade para continuar produzindo e se sentindo útil depois que se aposenta.
PRIVILÉGIO – Para a psicóloga Ariane Staszko que falou sobre Mercado de Trabalho e Aposentadoria no século XXI, a mentalidade quanto ao aposentado e o idoso já está mudando. Não é mais possível que a sociedade encare as pessoas da terceira idade como seres inúteis. “Esta é a fase de maior experiência”. A psicóloga encara a aposentadoria como uma grande ruptura. começando pela quebra das relações sociais.”Os colegas de trabalho de todo o dia ficam distantes, a situação econômica cai e grande parte das pessoas deixa de fazer planos novos, porque acha que a vida está acabando.
Para a psicóloga, atualmente os jovens também passam pelos mesmos problemas, diante do desemprego, das perdas de familiares e da falta de oportunidades. Ariane destacou que os aposentados são na verdade, grandes privilegiados porque depois de terem criado os filhos e trabalhado boa parte da vida, podem escolher o que desejam fazer, passando a trabalhar naquilo que mais gostam e ainda definir a rotina que querem seguir.
DEPOIMENTOS – A platéia era basicamente formada por idosos que participam do projeto Integrar como João Nápoli, de 90 anos e que está descobrindo os segredos da Informática no programa da UFPR. Bancário aposentado há quase 30 anos, seu João diz que “as atividades são tão boas que não precisa nem mais tomar remédio para a depressão.” Ele participa do programa durante três vezes por semana. O carinho com que os estudantes tratam da gente é muito gratificante. Eles parecem nossos netos. Esse também é o pensamento da professora aposentada Elisete Aparecida de Almeida, de 60 anos. Ela diz que desde que passou a freqüentar as aulas de dança e participar de palestras na UFPR passou a viver melhor. “Estou vivendo como estivesse iniciado uma nova fase da vida.”
Já a estudante Juliana Trindade Barbaceli, do terceiro ano de Psicologia afirma que desde que passou a participar do programa mudou o conceito de terceira idade. A cada atividade temos uma nova lição de vida. O projeto Recriar funciona no Prédio da Praça Santos Andrade e atende pelo telefone – 3310- 2743.
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Fonte: ACS
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