A Universidade Federal do Paraná (UFPR) encerrou a 8ª edição do projeto Polo Olímpico de Treinamento Intensivo (POTI) 2023. A cerimônia aconteceu no último sábado (28), com cerca de 300 pessoas presentes, no Auditório de Química – Setor de Ciências Exatas, da UFPR.
O POTI (Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo) é um projeto nacional dirigido pelo IMPA (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) que visa oferecer treinamento em Matemática voltado para competições olímpicas.
Mahmut Telles Cansiz hoje é aluno de Matemática da UFPR, mas se lembra da época em que era aluno do projeto. “Lembro de dificuldades com os conteúdos na época em que estava no projeto como aluno e sei como é importante ser encaminhado bem quando se tem alguma dúvida”, afirmou.
O polo POTI na UFPR iniciou suas atividades em 2016 e atende anualmente mais de 200 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio de estabelecimentos de ensino públicos e particulares de Curitiba e Região Metropolitana. Através do projeto, são ministradas aulas de Matemática aos sábados pela manhã no período de fevereiro a outubro. Os cerca de 30 professores são alunos do Curso de Matemática da UFPR.
“A expectativa é sempre de oferecer cada vez um trabalho melhor para os participantes e também oferecer aos nossos alunos, que atuam como professores, uma oportunidade única de trabalharem com alunos que desejam muito aprender Matemática. Creio que a tarefa foi concluída com sucesso, mais uma vez”, comenta José Carlos Eidam, professor do Departamento de Matemática e coordenador geral do Núcleo de Concursos (NC) da UFPR.
Larissa Conerado Ribeiro, é aluna do 3º ano do ensino médio com técnico integrado no Colégio Estadual Leôncio Correia e comentou o que POTI já mudou em sua vida. “Eu entrei no POTI com o foco de participar das Olímpiadas de matemática com segurança, apesar de ter me sentido um pouco acuada no início pela presença de alunos incríveis na matemática, no entanto foram elas que me motivaram a estudar mais e procurar entender melhor.. Foi por meio do POTI que eu pude encontrar materiais de estudo para as olimpíadas, conhecer pessoas com suas incógnitas pessoais, aprender mais e até mesmo conhecer o Rio de Janeiro. Meu interesse por resolver problemas durante o POTI foi instigado” Larissa ainda ressalta que o projeto despertou o seu interesse pela área das exatas. “Planejo futuramente estar em uma área de exatas, mas ainda preciso definir qual será a melhor para mim”
“A matemática presente nas olimpíadas possuem um nível diferente daquela da escola. É necessário que eles tenham pensamento crítico para organizar as informações no enunciado de uma questão, pensar em como elas se relacionam para aí elaborar uma resposta”, pontua Cansiz.
Para Fernanda, compartilhar os seus conhecimentos com os outros é fundamental. “Além de desenvolver habilidades profissionais e ensinar o que mais gosto, fazer parte do POTI é também como realizar o sonho da minha versão de quando era mais nova e tinha interesse em participar de olimpíadas de Matemática, porém na época não havia projetos que incentivasse e me preparasse para isso”.
Mahmut entrou no projeto em 2022 como professor de “Teoria de Números”, disciplina em que estudamos propriedades e resultados sobre os números inteiros. Fernanda também entrou no mesmo ano, mas como professora de Álgebra do nível 3 e, hoje, também faz parte da coordenação do nível 3, assim como Mahmut. “ Eu acredito que esse projeto é muito importante para os alunos, e que, para muitos, trará mais ensinamentos do que a própria escola. Os alunos não aprendem só matemática, eles se tornam independentes e desenvolvem muita maturidade acadêmica”, disse Cansiz.
“O que mais me chama a atenção nesse projeto é o quanto ele é acolhedor. É exatamente essa a palavra-chave. Não existe somente o interesse por bons resultados em olimpíadas de Matemática. Desde que o projeto se iniciou na UFPR e que eu o acompanho, a equipe sempre mostrou muito comprometimento em acolher, respeitar e auxiliar nas dificuldades de cada estudante e maximizar sua aprendizagem no processo de formação em Matemática Olímpica. É impressionante ver o quanto o POTI é um projeto presente não somente no processo de ensino-aprendizagem, mas também no desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos nossos estudantes”, conclui Fernanda.
José Carlos ainda explica como os interessados podem participar do treinamento intensivo em matemática. “Os estudantes participam de uma prova de seleção realizada em fevereiro, normalmente. As inscrições para esta prova ocorrem a partir do final de janeiro, em geral. Em breve definiremos as datas para 2024”.
O material
O projeto conta com material didático produzido pelos próprios estudantes, especialmente para o nosso polo, ao longo das 8 edições já ofertadas do projeto. O projeto já teve mais de 100 medalhistas em diversas competições matemáticas.
Para saber mais sobre o projeto, acesse a página oficial do POTI.
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