Nesta terça-feira (2/5), às 19h, no Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná, aconteceu a aula inaugural do primeiro curso sobre Participação Política para Mulheres, da UFPR. O evento teve como convidadas e palestrantes, a vice-governadora do Estado do Piauí, Margareth Coelho, e a professora Dra, Luciana Panke, Superintendente de Comunicação e Marketing da UFPR, e pesquisadora do tema.
O curso é organizado pelo grupo – Política Por.De.Para Mulheres- e coordenado pela professora Eneida Desirée Salgado, Professora do Departamento de Direito Público e do Programa de Pós-Graduação em Direito, e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFPR. Para a coordenadora, as mulheres tem sim um grande interesse pela política, o que falta, é estímulo e a superação das condições que ainda dificultam a participação igualitária da mulher no campo político. ” o curso nasceu da constatação do pequeno número de mulheres que concorrem com chances nas eleições, e de estudos que apontam que em muitos casos as mulheres resistem à arena política por se sentirem incapazes de participar ativamente”, afirma professora Eneida.
O curso, visa fornecer informações capazes de impulsionar a participação de mulheres nos partidos políticos, nos processos eleitorais, no controle social e nas discussões públicas. O conteúdo inclui subsídios de caráter político, jurídico e estratégico.
Para Margareth Coelho, advogada, vice-governadora do Piauí, o curso ofertado pela UFPR, é pioneiro no Brasil, e precisa ser copiado por outras universidades públicas.”Nós não fomos preparadas para entrar na política, o espaço político nunca foi um espaço tranquilo para as mulheres. O curso vem ao encontro da nossa necessidade de não adquirir um discurso masculino na política , mas aprender a fortalecer o nosso próprio discurso”.
A professora-doutora e pesquisadora Luciana Panke – Superintendente de Comunicação Social da UFPR, ressaltou a importância da sororidade, que é a união, a aliança entre mulheres, baseado na empatia e companherismo, em busca de alcançar objetivos em comum. A pesquisadora também compartilhou a experiência do seu livro, “Campanhas eleitorais para mulheres: desafios e tendências” , em que entrevistou mulheres políticas, e consultores de 14 países da América Latina, abordando os vários obstáculos para o ingresso e para a competitividade das mulheres na arena eleitoral.
Luciana explica que a cultura machista e misógina, a concepção de que o âmbito de realização da mulher não está na esfera política, a dificuldade de conseguir recursos, a baixa permeabilidade dos partidos, faz com que as mulheres fiquem longe de política, e disse ainda,”as mulheres precisam entender que a política é a arte de negociar. Saber negociar é uma das principais competências de um ser humano e talvez uma das tarefas mais difíceis. Entender a negociação como um processo em que se pretende chegar a um acordo”.Falou também sobre a importância das mulheres elegerem mulheres.
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