20 mil dólares para as pesquisas sobre relógios biológicos

As pesquisas desenvolvidas pelo professor Fernando Louzada, do departamento de Fisiologia do Setor de Ciências Biológicas da universidade ganharão um incentivo de 20 mil dólares. Ele acaba de ganhar esse recurso da fundação americana Sleep Research Society Foundation (SRSF) para realizar pesquisa sobre a influência da luz artificial nos relógios biológicos das pessoas. Louzada foi o único não americano a ganhar o prêmio denominado Gillin Grant (em homenagem a J. Christian Gillin) que teve quatro ganhadores para 2007. A fundação objetiva apoiar jovens pesquisadores e dar um impulso inicial em suas carreiras.

Dados preliminares do projeto que concorreu à premiação foram levantados pelo pesquisador e equipe numa população de 40 adolescentes de Adrianópolis, provenientes de uma localidade desprovida de energia elétrica. A nova coleta de dados ocorrerá no ano que vem, em data a ser definida, com aproximadamente 30 jovens entre 16 e 20 anos. Louzada explica que possivelmente a pesquisa deverá acontecer em localidade ainda mais distante, onde seja possível realizar pesquisas com grupos que não têm energia elétrica em casa; têm energia e aparelho de televisão e dos que têm energia mas não contam com aparelhos de TV em casa.

O prêmio viabilizará não apenas o trabalho de campo necessário, mas também a importação de um equipamento que mede a intensidade de luz a que uma pessoa foi exposta. As pesquisas envolvem a aplicação de questionários, medições do número de horas que o jovem dormiu, análises hormonais feitas através da coleta de saliva, entre outras.