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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Em parceria com o Ministério das Cidades, UFPR inicia projeto de extensão Periferia Sem Risco

Equipe do Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Ambientais da UFPR integra rede com outras 15 universidades públicas no projeto Periferia Sem Risco

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Ambientais (Lageamb), iniciou as atividades do projeto de extensão e pesquisa Periferia Sem Risco. A iniciativa faz parte do Projeto Multicêntrico de Pesquisa-Ação e Inovação – uma rede de grupos de pesquisa e laboratórios focados na elaboração de Planos Municipais de Redução de Riscos (PMRR). No Paraná, a convite da Secretaria Nacional de Periferias (SNP) do Ministério das Cidades (MCid), a UFPR elaborará os planos para os municípios de Colombo, na região metropolitana de Curitiba e Paranaguá, no litoral do Estado.

Apresentação do projeto para a Prefeitura de Colombo, na região metropolitana de Curitiba/PR. Foto: reprodução/Lageamb/UFPR

A parceria foi firmada ainda em 2023 e conta a gestão financeira da Fundação de Apoio à Fiocruz (Fiotec). O Instituto Federal do Paraná (IFPR-Campus Paranaguá), o Centro de Apoio Científico em Desastres (CENACID/UFPR) e o Grupo de Estudos em Geotecnia (GEGEO/UFPR) também apoiam os trabalhos do projeto no Paraná, além das prefeituras municipais e organizações interessadas dos dois municípios atendidos.

O PMRR é um instrumento fundamental no planejamento municipal para a redução e gestão de riscos. Nacionalmente, ganhou destaque a partir de 2003 a partir de um programa de incentivo do Governo Federal, diante do cenário de aumento de desastres associados a deslizamentos e inundações. Ao todo, as Universidades envolvidas no projeto desenvolverão planos em 20 municípios do Brasil, selecionados a partir de critérios de priorização da gestão de risco que apontavam as cidades com significativo número de pessoas em áreas de risco geológico ou hidrológico, como deslizamento e inundação. A diversidade regional, os trabalhos prévios das universidades nos municípios e a logística de deslocamento das equipes também foram considerados.

“A metodologia nacional recomendada para elaboração dos PMRRs é de 2007. Diante do atual cenário de emergência climática, mostra-se oportuno e necessário um aprimoramento da forma de se construir esses planos. Nosso papel está sendo o de inovar tanto no mapeamento das áreas de risco, como na busca de soluções integradas às paisagens, a partir de um diálogo mais próximo às comunidades periféricas”, conta Eduardo Vedor, docente do curso de Geografia e coordenador do Lageamb/UFPR.

Pesquisa acadêmica aliada à prática em campo

A equipe executora do projeto é composta por docentes e discentes de diferente áreas e níveis de formação. Além das reuniões com as prefeituras e visitas de campo, os bolsistas e voluntários organizam formações periódicas para atualização teórica e metodológica sobre os temas relacionados à gestão de riscos.

Conceitos da Ciência dos desastres, Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, ameaças de deslizamento e riscos tecnológicos foram alguns dos tópicos abordados nos primeiros Cafés Científicos – organizados pela própria equipe e realizados remotamente com bolsistas de Curitiba e Paranaguá, além de docentes e outros convidados.

Café Científico com participação da professora argentina Maria Elina Gudiño, doutora em Geografia. Foto:reprodução/Lageamb/UFPR

Para Fernanda Sezerino, mestre em Desenvolvimento Territorial Sustentável e doutoranda em Geografia, e subcoordenadora do projeto, o desenvolvimento do PMRR segue quatro etapas principais: o planejamento da execução do PMRR, o mapeamento de riscos, a indicação de medidas estruturais e não-estruturais para os setores de risco mapeados, e, por fim, a elaboração do relatório técnico e do sumário executivo para os tomadores de decisão.

“Ao firmar a parceria com as universidades, a Secretaria Nacional de Periferias incentiva que sejam realizadas, em paralelo com as entregas técnicas, atividades formativas para capacitar mais profissionais para atuarem na gestão de risco. Além disso, essa troca de saberes com as prefeituras, comunidades locais e com a academia, potencializam as inovações metodológicas ao longo da elaboração dos PMRRs”, ressalta.

Apresentação do projeto para a Prefeitura de Paranaguá, no litoral parananense. Foto: reprodução/Lageamb/UFPR

Após investigações em dados secundários, além de trocas de informações entre equipe e secretarias municipais, foram preliminarmente selecionadas as localidades que serão mapeadas no projeto. A equipe do Lageamb/UFPR, com apoio da prefeitura de cada município, começou a vistoriar os locais priorizando as moradias das pessoas.

Etapas do projeto

O projeto é executado desde abril e tem duração de 18 meses, com agendas teóricas e práticas entre os bolsistas. No início de junho, a equipe técnica realizou a primeira entrega, referente ao plano de trabalho do projeto. Nos próximos meses será realizada a mobilização social para o mapeamento de risco participativo.

Nessa etapa, estão previstas diversas capacitações e oficinas participativas com o Comitê Gestor, formado por representantes de diversas secretarias municipais, e com a comunidade local. O mapeamento será realizado por imageamento com drone e, posteriormente, em vistas técnicas casa a casa das localidades identificadas.

Com informações do Lageamb/UFPR

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