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UFPR deve assumir em breve o antigo prédio da RVPSC

“Será uma transferência contemplada pelo REUNI – Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais”, explica o pró-reitor de planejamento, orçamento e finanças Paulo Yamamoto. “Com ele virão os recursos para a recuperação e a restauração do prédio, estimados em R$ 9 milhões. Da Secretaria de Patrimônio da União, nós já temos a confirmação de que a documentação foi encaminhada ao Ministro e de que o resultado deve sair em breve”, garante.

Uma vez ocupado pela universidade, o prédio da Rede deverá abrigar – o que ainda deve ser decidido pelo Conselho do REUNI – parte da administração e também as necessidades de expansões e reestruturações de diversos cursos em virtude das determinações do próprio programa. Ganhará a universidade, que passará a contar com mais um prédio histórico e de grande espaço e ganhará também a própria cidade, com a valorização daquela região.

“A UFPR ganhará porque o espaço é central e de fácil acesso, o que nos permitirá reformular a distribuição nos edifícios atuais. A cidade porque o bairro Rebouças passa por um processo de revitalização, sendo necessário o resgate histórico do antigo prédio da Rede”, comenta Yamamoto.

A reforma e a restauração do prédio estão programas para o período de cinco anos, mesmo prazo da liberação dos recursos do REUNI. Mas a ocupação, segundo o pró-reitor, deverá ser imediata – assim que definida a cessão – de forma gradativa no mesmo compasso das obras.

Construído ainda na década de 50, o Edifício Engenheiro Teixeira Soares tem 13.102 metros quadrados de área construída e 15.800 de área de terreno. Sua função original era abrigar a oficina das locomotivas, uma vez que os escritórios estavam instalados no Edifício Garcês, no centro da Cidade. A última grande reforma foi feita nos anos 90, quando foi adaptada para receber todo o centro de controle operacional antes dividido por cidades como Mafra e Londrina. Desde que a Rede foi privatizada, em 1997, não foi realizado mais nenhum investimento em manutenção. “A vinda da Universidade Federal para cá pode ser vista como um fim digno para o prédio”, comenta Mauro Mello Piazzetta, chefe do escritório de inventariança da Rede.

A equipe de engenheiros do REUNI/UFPR já está no edifício há quase um mês fazendo todo o trabalho de levantamento arquitetônico para verificação das atuais condições. Tombado pela Prefeitura como UPI – Unidade de Interesse de Preservação, o prédio terá de ser reformado, seguindo as características originais ainda mantidas. Os engenheiros José Cláudio Revoredo e Paulo Werner Hackradt já concentram mais de 180 fotos dos problemas que terão de ser sanados para a efetiva ocupação. Depois do levantamento provisório, as próximas etapas serão de montagem dos projetos de fachada, parte interna, hidráulica e elétrica.

Foto(s) relacionada(s):


Fachada do prédio que será reformado.
Foto: Izabel Liviski

Fonte: Vivian de Albuquerque