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Talento? Dom? Opção? Vocação? O que é ser professor afinal?

Não importa a idade em que se começa, na profissão de professor só permanece quem realmente gosta do que faz. É preciso estudar constantemente e, com toda a paciência e perseverança, transmitir o que se aprende a quem quer e precisa aprender para ter algum futuro.

Nascido em 1937 e desde 1971 na UFPR, como um dos professores da disciplina de Direito Civil, Antonio Alves do Prado já foi também presidente da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil e desembargador do Tribunal de Justiça, mas parece ser como “professor-advogado” que ele realmente encontrou a realização profissional. “Adoro ser advogado e adoro ser professor”, garante. “Uma atividade liga-se à outra. Uma atividade enriquece a outra. A felicidade que tive e tenho como professor eu consegui transmitir aos meus filhos. Alguns são advogados e outros professores, como eu”, diz Prado que integra o quadro dos professores mais antigos da universidade.

Segundo Prado, ser professor nos dias de hoje é muito mais do que ser apenas um transmissor de conhecimentos. Se antigamente o aluno apenas assimilava o que o professor lhe passava nas aulas, hoje ele participa mais, pesquisa, reflete. “O professor atual precisa ser um motivador deste comportamento”, diz. “Precisa estimular o aluno para que ele faça sua própria pesquisa e chegue aos seus próprios conceitos. Ser professor é uma das maiores riquezas que se pode ter aqui na Terra”, conclui.

ESTREANTE – No quadro de professores da UFPR desde 2005, Rodrigo Tadeu Gonçalves é um dos mais novos na carreira e na idade – que ele não revela de jeito nenhum. A disciplina é o Latim.

“Estudei Latim e Grego Antigo e percebi que essa era uma área nova e muito atrativa”, conta. “Optei pelo Latim, para atuar como professor, por ser uma língua de base com conexões para toda a formação do pensamento ocidental. Hoje tenho um imenso prazer em estar na sala de aula e não trocaria a profissão por nenhuma outra. Ser professor é a única coisa que realmente gosto de fazer.”

Gonçalves começou a dar aulas ainda com 19 anos. Ensinava Inglês no CELIN. Depois trabalhou em uma universidade particular e acabou parando na UFPR. “As coisas mudam muito de geração para geração”, explica. “Para ensinar o Latim nos dias de hoje é preciso ser muito diferente dos professores de antigamente. É preciso olhar com outros olhos e ensinar com mais flexibilidade um aluno que é muito mais participativo e pensante. Como professor, formo outros professores que estão entrando nas escolas. E é assim que vivo alguns de meus momentos mais especiais na profissão: quando vejo que meus alunos estão seguindo a mesma carreira e que possivelmente eu tive alguma influência nesta decisão.”

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Detalhe da fachada do prédio central
Foto: Liz Wood

Fonte: Vivian de Albuquerque