Estudantes de pós-graduação do Brasil todo e da Universidade de Harvard iniciaram, nesta segunda-feira (7), um curso de especialização em Saúde Global que terá a duração de três semanas. O curso é organizado pela professora chefe do Departamento de Saúde Global e População (Global Health and Population) de Harvard, Marcia Castro, e pelo professor do departamento de Saúde Coletiva do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Adriano Massuda.
Em sua 11ª edição, esta é a primeira vez que o curso acontece no sul do Brasil. Os 14 estudantes de Harvard e os 16 estudantes brasileiros realizarão, nas próximas semanas, atividades relativas a temas importantes da epidemiologia brasileira e do sistema de saúde pública do País. Serão abordados especificamente cinco tópicos: HIV, dengue, violência, saúde mental e tuberculose.
Estiveram presentes, na abertura do curso, a vice-reitora da UFPR, Graciela Bolzón de Muniz; o vice-diretor do Setor de Ciências da Saúde da UFPR, Edison Tizzot; e os organizadores Adriano Massuda e Marcia Castro. Foto: Rodrigo Remédios
“Os alunos terão uma introdução teórica sobre o tema e participarão de atividades de campo, nas quais visitarão o serviço de saúde local para aprender seu funcionamento e reconhecer as características positivas e os problemas existentes. A partir daí, farão um projeto de intervenção para analisar de que forma podem melhorar determinadas situações de saúde relativas ao tema específico que estão trabalhando e, em seguida, apresentarão os trabalhos”, explica Massuda.
Para o professor, que também é pesquisador-visitante da instituição norte-americana, essa parceria com Harvard promove uma experiência única para os envolvidos. “É uma oportunidade de formar estudantes locais e estrangeiros em temas muito sensíveis e importantes para a saúde pública brasileira”.
O projeto
Foto: Rodrigo Remédios
Marcia conta que a ideia de parceria surgiu no próprio departamento em Harvard que, por tratar de saúde em âmbito global, tem o costume de realizar cursos que envolvem viagens. “Reunimos alguns interessados em vir ao Brasil e começamos a articular com o David Rockefeller Center for Latin American Studies (DRCLAS), que havia aberto um escritório em São Paulo. A primeira edição aconteceu em 2008 em um modelo diferente e, ao longo dos anos, foi sendo aprimorado”.
De acordo com a professora, os participantes dessa formação aprendem o que é saúde pública e como tentar encontrar soluções para determinados problemas quando estão em campo. “Os americanos compreendem de que forma devem agir em um ambiente cultural totalmente diferente. Para os brasileiros, considero que o maior aprendizado é perceber que eles são tão bons e competentes quanto profissionais do exterior, tanto que muitos acabam indo para lá posteriormente”.
Apesar da duração estipulada de três semanas, o curso não termina, necessariamente, após esse período, pois os integrantes mantêm contato direto por muito tempo e acabam trocando experiências e se visitando mesmo após a conclusão do estudo. “Além de tentarmos implementar na cidade sede alguns dos projetos apresentados, mantemos uma ponte de comunicação entre os países e as instituições”, afirma Marcia.
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