Pela primeira vez um pesquisador da Universidade Federal do Paraná foi selecionado para a reunião anual do prêmio Nobel de Lindau (Lindau Nobel Laureate Meetings). Ariane Schmidt, estudante do doutorado do Programa de Pós-Graduação em Química, participará do evento no mês de junho, na Alemanha.
A pesquisadora de 27 anos é orientada pelo docente Aldo Zarbin desde a iniciação científica. No terceiro ano do doutorado, dedica-se ao estudo do desenvolvimento de nanocompósitos entre materiais bidimensionais, como o grafeno e dissulfeto de molibdênio, e polímeros condutores como filmes finos e transparentes para aplicação em baterias.
Indicada inicialmente pela Academia Brasileira de Ciências após uma seleção interna, Ariane conta que os critérios envolvem engajamento com a ciência, contribuições relevantes para a área de pesquisa, além de análise curricular. A tradicional reunião ocorre desde a década de 1950 e, neste ano, será dedicada à área de Química.
“Esse evento é uma oportunidade única para a carreira de qualquer jovem cientista. A programação é bastante intensa e permite uma interação mais informal com outros cientistas do mundo todo e também com vários laureados com prêmio Nobel. O ambiente é extremamente inspirador e incentiva a transferência de conhecimento entre diferentes gerações de cientistas”, afirma.
Aproximadamente 600 estudantes de graduação, doutorandos e pesquisadores pós-doutores de todo o mundo são selecionados para o encontro. Além da Ariane, Samantha Husmann, egressa do PPG Química da UFPR, também participará do encontro. Atualmente, Samantha é pesquisadora do INM-Alemanha.
Lindau Nobel Laureate Meetings
Iniciada em 1951 como uma iniciativa europeia de reconciliação entre os cientistas no pós-guerra, a série de Encontros Lindau com Prêmios Nobel vem evoluindo como um fórum internacional único de intercâmbio científico. Uma vez por ano, cerca de 30 a 40 ganhadores do Nobel se reúnem em Lindau, na Alemanha, para interagir com a próxima geração de cientistas líderes. Assim, a iniciativa promove o intercâmbio entre cientistas de diferentes gerações, culturas e disciplinas.
A organização dos Encontros Lindau conta com a cooperação de mais de 200 renomadas instituições de ciência e pesquisa de todo o mundo para identificar, anualmente, os participantes mais qualificados. Esses parceiros acadêmicos são fundamentais para o processo de internacionalização da iniciativa. No Brasil, a indicação de participantes é responsabilidade da ABC desde 2008, por solicitação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Com informações da Academia Brasileira de Ciências
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