Grupos de Discussão e Trabalhos
Os Grupos de Discussão e Trabalhos (GDTs) têm o propósito de colher sugestões e encaminhamentos para melhoria do Programa de Educação Tutorial, dado que este não depende apenas da ação e execução parte da Comunidade Petiana (tutores, discentes). Para SULPET 2025 os temas foram propostos pelos discentes dos Grupos PET da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sendo que para cada um dos nove GDT propostos há: descrição, expectativas, sugestões de preparação e sugestões de pauta. Os GDTs serão discutidos em salas conduzidos cada um por uma Mesa Coordenadora composta por um(a) presidente(a) e pelo menos um relator(a), a qual terá a função de organizar, moderar e fomentar debates, além de elaborar relatório, vedado o direito à fala de opinião. Já s participantes poderão se manifestar oralmente, por meio de sugestões, sendo que os encaminhamentos deverão ser apresentados por escrito à Mesa Coordenadora. As sugestões de cada GDT serão dirigidas à Assembleia Final para leitura e conhecimento pela plenária sem que haja deliberação, constando no Relatório do Encontro, já os encaminhamentos, que devem responder os questionamentos: Quem? Quando? Como? Onde?, serão dirigidos à Assembleia Final para leitura e deliberação pela Plenária, devendo constar em Ata e Relatório do Encontro.
Número | Título |
GDT 1 | Verba custeio e apoio institucional |
GDT 2 | Desafios da Extensão |
GDT 3 | Diversidade sexual, de gênero e racial nos Grupos PET |
GDT 4 | Mobilização petiana: Como se articular para promover a melhoria do Programa de Educação tutorial (PET) e entre Grupos e Instituições (Instituições de Ensino Superior, MEC, FNDE e CENAPET |
GDT 5 | O PET como instrumento de permanência estudantil: estratégias, desafios e potencialidades |
GDT 6 | Dificuldades no ingresso de novos alunos no Programa de Educação Tutorial |
GDT 7 | Repensando a comunicação dos Grupos PET: do isolamento à construção Coletiva |
GDT 8 | A interdisciplinaridade e sua importância na formação acadêmica |
GDT 9 | Desafios e possibilidades na prática do Programa de Educação Tutorial: Indissociabilidade da tríade universitária |
GDT 1: VERBA CUSTEIO E APOIO INSTITUCIONAL
Descrição:
De acordo com a Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005, que instituiu o Programa de Educação Tutorial, os(as) tutores(as) devem receber semestralmente o valor equivalente a uma bolsa de iniciação científica por bolsista do Grupo. Esse valor serve para o custeio das atividades do Grupo, gerando prestação de contas aprovada pelo Comitê de Acompanhamento e Avaliação Local e pró-reitoria de graduação. Apesar da explicitude da Lei afirmar que a verba custeio deve ser repassada semestralmente ou então em uma parcela única anual que inclua os valores de dois semestres, só está ocorrendo um repasse com o equivalente a um semestre, e sem regularidade de uma data. O fato da verba custeio ser destinada a gastos com materiais de consumo, a infraestrutura para o desenvolvimento das atividades do grupo são decorrentes da instituição promotora do Grupo.
Expectativas
- Discutir como os diferentes Grupos PET utilizam suas verbas custeio;
- Expor as dificuldades dos grupos em relação ao valor e o período do recebimento do valor de custeio;
- Evidenciar a importância da verba custeio para a continuação das atividades do Programa de Educação Tutorial.
Sugestões de preparação:
- Leitura dos Art. 16° e 23° da Portaria MEC nº 976 de 2010, modificado pela Portaria MEC nº 343, de 24 de abril de 2013.
Sugestões da pauta:
Propor mecanismos de melhorias no repasse anual de duas parcelas da verba custeio e em tempo para o desenvolvimento das atividades dos Grupos PET.
GDT 2: DESAFIOS DA EXTENSÃO
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET) tem como princípio que orienta suas atividades a indissociabilidade entre ensino, pesquisa, extensão. Com base nesses este grupo de trabalho se propõe a problematizar a extensão, no que diz respeito à troca de saberes entre comunidade universitária e comunidade externa, refletindo sobre como os grupos PE levam conhecimentos para a comunidade externa? Como recebem e internalizam os saberes da comunidade? Quais instrumentos são colocados em movimento para operacionalizar e promover atividades extensionistas? Busca-se levantar elementos para superar desafios inerentes a alguns grupos de cursos específicos de forma conjunta.
Expectativas
- Apresentar particularidades inerentes aos objetos de estudo dos cursos e a relação desses com as atividades de extensão promovidas pelos grupos;
- Discutir dificuldades e facilidades na execução de atividades extensionistas, em termos de orientação, indissociabilidade com a pesquisa e o ensino, custos, entre outros;
- Refletir de que forma ocorre a troca de conhecimentos e saberes;
- Levantar visões plurais dos grupos sobre o eixo extensionista.
Sugestões de preparação:
- BRASIL. Ministério da Educação. Manual de Orientações – PET. Brasília: MEC, 2006.
- GADOTTI, M. Extensão universitária: para quê. Instituto Paulo Freire, v. 15, n. 1-18, p. 1, 2017.
Sugestões de pauta:
- A qualidade extensionista depende de orientação prática e suporte financeiro;
- Os conhecimentos científicos levados à comunidade de forma superior;
- Trocas interdisciplinares para a realização da extensão pelos grupos PET.
GDT 3: DIVERSIDADE SEXUAL, DE GÊNERO E RACIAL NOS GRUPOS PET
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET), presente em diversas Instituições de Ensino Superior no Brasil, reúne estudantes e professores de diferentes trajetórias e contextos sociais, atuando com base na tríade universitária: Ensino, Pesquisa e Extensão para a promoção do desenvolvimento acadêmico de seus integrantes, também é um espaço estratégico para a formação cidadã e crítica, o que contribui para a democratização do conhecimento científico. Diante desse papel, este Grupo de Discussão e Trabalho (GDT) tem como proposta refletir sobre a presença, que se pressupõe que ainda esteja limitada, de pessoas LGBTQIAPN+, pretas, pardas, indígenas e quilombolas nos grupos PET. A partir de vivências de petianos(as) busca-se levantar as percepções para debater sobre formas para que os grupos PET sejam espaços de acolhimento, debate e construção de soluções, como políticas afirmativas (a exemplo das cotas internas) e oficinas formativas, que favoreçam a permanência e valorização desses no Programa. Mais do que levantar um tema atual no mundo universitário, o GDT pretende ser um espaço de diálogo para pensar coletivamente os caminhos possíveis para fortalecer a pluralidade e tornar os grupos PET representativos da população brasileira, sem perder de vista seu compromisso da formação de sujeitos engajados e diversos.
Expectativas:
- Estimular uma análise crítica da pluralidade nos PETs;
- Fomentar propostas concretas de ação afirmativa dentro dos PETs;
- Criar um espaço seguro para o compartilhamento de experiências.
Sugestões de preparação
- Leituras:
PINHEIRO, D. C.; PEREIRA, R. D.; XAVIER, W. S. Impactos das cotas no ensino superior: um balanço do desempenho dos cotistas nas universidades estaduais. Revista Brasileira de Educação, v. 26, 2021. Disponível em:https://www.scielo.br/j/rbedu/a/pJbNpfcXxbkPtzwg3CWrSMD/?format=pdf. Acesso em: 29 maio.2025.
REBOUÇAS, W. A. S.; MARINHO, I. da C.; SILVA, Y. R. C. da. Comunidade LGBTQIA+ e as condições de acesso e permanência no ensino superior. D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero, 1(1), 582-602, 2024. DOI: https://doi.org/10.15210/dg-revista.v1i1.2072
Cada integrante deve trazer o panorama geral do seu Grupo PET, comentando sobre a composição em termos de diversidade racial, de gênero e de sexualidade — sem identificar ou expor nomes. Também é importante mencionar se o grupo já teve debates, ações ou discussões sobre o tema e como eles foram conduzidos. Esse panorama ajudará a compreender a diversidade dos Grupos e a pensar caminhos para a inclusão.
Sugestões de pautas:
- Refletir se a representatividade da população estudantil LGBTQIAPN+, negros, indígenas e quilombolas dentro dos PETs estão presentes no Grupos, para além de debater formas práticas de ingresso e permanência dessa população nos Grupos;
- Refletir sobre a organização dos processos seletivos de petianos como meio de ampliação de oportunidade para essa população estudantil. Elencar mecanismos de promoção de equidade e justiça social na universidade.
GDT 4: MOBILIZAÇÃO PETIANA: COMO SE ARTICULAR PARA PROMOVER A MELHORIA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL (PET), ENTRE PETS E INSTITUIÇÕES (INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR, MEC, FNDE E CENAPET)?
Descrição:
A pandemia de COVID-19, em 2020, enfraqueceu muitas mobilizações petianas que ocorriam nos anos anteriores, devido à falta de integração entre grupos. Os encontros de PETs locais, regionais e nacionais, realizados remotamente, propiciaram uma desarticulação entre petianos, resultando na perda de força vital para o desenvolvimento e valorização do Programa. Neste contexto, este GDT busca discutir a participação dos(as) petianos(as) em espaços de mobilização para a melhoria do Programa. Considerando o histórico de lutas do Mobiliza PET Nacional e o descaso dos órgãos governamentais, este GDT é necessário para reorganizar o movimento de luta e resistência do PET. O PET resiste e, por isso, existe.
Expectativas
- Entendimento e conscientização dos integrantes dos Grupos PET sobre o histórico de lutas do Mobiliza PET;
- Organização de mobilizações petianos(as);
- Divulgação sobre a participação no movimento local, regional e nacional;
- Proposição de melhoria para o Programa.
Sugestões de preparação:
- Leitura do artigo: Programa De Educação Ao Tutorial: Lutas E Conquistas
- Leitura do documento História e Estrutura do Mobiliza PET
Sugestões de pauta:
- Como o histórico de lutas pode propiciar novas mobilizações?
- Luta/mobilização como ferramenta de melhoria do Programa;
- Articulações que podem ocorrer para uma mobilização local, regional e nacional?
- O papel de cada grupo na mobilização;
- Os diferentes papéis dos(as) petianos(as) nas mobilizações.
GDT 5: O PET COMO INSTRUMENTO DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL: ESTRATÉGIAS, DESAFIOS E POTENCIALIDADES
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET), reconhecido por articular ensino, pesquisa e extensão de forma indissociável, busca contribuir para a formação integral dos estudantes, porém sem a intenção, os Grupos PET têm se consolidado como espaços de acolhimento, pertencimento e fortalecimento da permanência estudantil. No entanto, muitos grupos PET ainda enfrentam desafios para explicitar-se e potencializar-se como uma rede de apoio à permanência, especialmente em contextos de desigualdades sociais, econômicas e culturais. Neste contexto, este GDT propõe-se a promover um olhar atento ao PET como instrumento de permanência estudantil, ao discutir práticas, desafios e estratégias ao buscar se fortalecer como espaço de acolhimento, pertencimento e construção de trajetórias acadêmicas solidárias, portanto, mais humanas.
Expectativas:
- Entender o papel do PET como ferramenta de permanência estudantil;
- Discutir desafios e entraves para consolidação ou não a função de permanência estudantil pelos grupos PET;
- Compartilhar experiências e práticas que atuam diretamente com o problema permanência estudantil;
- Identificar formas de integrar o PET políticas de assistência e permanência estudantil e os Grupo PET nas universidades;
- Propor estratégias colaborativas e sustentáveis para que o PET se consolide no acolhimento estudantil.
Referências:
- PINHEIRO, D. C.; PEREIRA, R. D.; XAVIER, W. S. Impactos das cotas no ensino superior: um balanço do desempenho dos cotistas nas universidades estaduais. Revista Brasileira de Educação, v. 26, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/pJbNpfcXxbkPtzwg3CWrSMD/?format=pdf. Acesso em: 29 maio 2025.
- SOUSA, Márcia Camila Bispo. Narrativas autobiográficas de jovens das comunidades rurais: acesso, permanência e pós-permanência na educação tutorial. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas). Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicada, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Santo Amaro, BA, 2023.
Sugestões de pauta:
- Quais ações são desenvolvidas pelos Grupos e qual o Papel do PET na Permanência Estudantil Desafios e Barreiras para consolidar o PET como espaço de acolhimento e apoio?
- Quais articulações são possíveis com políticas institucionais de permanência?
GDT 5: O PET COMO INSTRUMENTO DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL: ESTRATÉGIAS, DESAFIOS E POTENCIALIDADES
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET), reconhecido por articular ensino, pesquisa e extensão de forma indissociável, busca contribuir para a formação integral dos estudantes, porém sem a intenção, os Grupos PET têm se consolidado como espaços de acolhimento, pertencimento e fortalecimento da permanência estudantil. No entanto, muitos grupos PET ainda enfrentam desafios para explicitar-se e potencializar-se como uma rede de apoio à permanência, especialmente em contextos de desigualdades sociais, econômicas e culturais. Neste contexto, este GDT propõe=se a promover um olhar atento ao PET como instrumento de permanência estudantil, ao discutir práticas, desafios e estratégias ao buscar se fortalecer como espaço de acolhimento, pertencimento e construção de trajetórias acadêmicas solidárias, portanto, mais humanas.
Expectativas:
- Entender o papel do PET como ferramenta de permanência estudantil;
- Discutir desafios e entraves para consolidação ou não a função de permanência estudantil pelos grupos PET;
- Compartilhar experiências e práticas que atuam diretamente com o problema permanência estudantil;
- Identificar formas de integrar o PET políticas de assistência e permanência estudantil e os Grupo PET nas universidades;
- Propor estratégias colaborativas e sustentáveis para que o PET se consolide no acolhimento estudantil.
Referências:
- PINHEIRO, D. C.; PEREIRA, R. D.; XAVIER, W. S. Impactos das cotas no ensino superior: um balanço do desempenho dos cotistas nas universidades estaduais. Revista Brasileira de Educação, v. 26, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/pJbNpfcXxbkPtzwg3CWrSMD/?format=pdf. Acesso em: 29 maio 2025.
- SOUSA, Márcia Camila Bispo. Narrativas autobiográficas de jovens das comunidades rurais: acesso, permanência e pós-permanência na educação tutorial. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado Interdisciplinar em Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas). Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicada, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Santo Amaro, BA, 2023.
Sugestões de pauta:
- Quais ações são desenvolvidas pelos Grupos e qual o Papel do PET na Permanência Estudantil Desafios e Barreiras para consolidar o PET como espaço de acolhimento e apoio?
- Quais articulações são possíveis com políticas institucionais de permanência?
- Propostas de Integração e Fortalecimento do PET como meio para fortalecer a permanência estudantil.
GDT 6: DIFICULDADES NO INGRESSO DE NOVOS ALUNOS NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET) tem entre seus princípios a formação acadêmica ampla, com foco na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, contudo, muitos grupos PET têm enfrentado, nos últimos anos, desafios para atrair e selecionar membros pelo desconhecimento da comunidade acadêmica dos cursos e da instituição (interdisciplinares) das atividades e impactos do Programa na formação. Talvez essa problemática seja resultado da má divulgação, da falta de interesse em vivenciar as oportunidades, ou ainda relacionados ao valor da bolsa e às exigências dos editais, os quais descrevem o perfil esperado de candidatos(as). Diante disso, surgem alguns questionamentos essenciais: há diretrizes que auxiliem os grupos PET a organizarem processos seletivos mais acessíveis, atrativos e inclusivos? Quais são os principais entraves percebidos na divulgação, na seleção e na permanência dos(as) petianos(as)? De que forma os grupos podem tornar o PET mais visível, valorizado e compreendido dentro das universidades? Além disso, como adequar os processos seletivos e pré-requisitos, mantendo a qualidade e os critérios, mas buscando ampliar a diversidade e o engajamento discente?
Expectativas
- Elencar os principais enfrentamentos pelos grupos PET no planejamento e execução de seus processos de seleção de membros;
- Discutir o alinhamento dos critérios e etapas do processo seletivo a realidade dos cursos e o perfil dos discentes;
- Levantar estratégias e práticas já adotadas pelos grupos para melhorar o ingresso e permanência de petianos(as).
- Avaliar como as diretrizes normativas (manuais, editais e orientações gerais do PET) impactam o processo de ingresso.
Sugestões de preparação:
- Leitura da Resolução nº 84/23 – CEPE UFPR. Art. 9º §IV e §V que trata sobre os compromissos dos grupos PET em relação a elaboração de processos seletivos de alunos na UFPR.
Sugestões de pauta:
- Aspectos normativos e procedimentais dos processos seletivos, garantindo a transparência e imparcialidade, e atualidade dos perfis dos grupos;
Desafios e estratégias para melhorar as experiências e engajamentos para permanência de discentes petianos(as).
GDT 7: REPENSANDO A COMUNICAÇÃO DOS PETS: DO ISOLAMENTO À CONSTRUÇÃO COLETIVA
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET) é fundamentado na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, uma experiência única em programas voltados à graduação, de tal maneira que a comunicação entre os grupos que compõem do Programa devem ocorrer, dado a necessidade de dialogar sobre suas experiências: comunicar ações, resultados e valores tanto entre outros grupos PET, como a comunidade universitária e externa. Desde o isolamento social de 2021, os grupos há um sentimento de isolamento, desarticulação entre os grupos e baixa visibilidade institucional, o que pode comprometer a valorização e até a manutenção do Programa. Entre os principais desafios estão: a ausência de estratégias coletivas de comunicação, a fragmentação das iniciativas entre os grupos, a falta de canais e ferramentas adequadas, bem como a dificuldade de dialogar com os diferentes públicos. Nesse contexto, torna-se fundamental repensar a comunicação dos PETs como elemento integrador e estratégico para a construção coletiva e o fortalecimento do programa. Algumas perguntas norteadoras incluem: Como superar o isolamento comunicacional dos grupos? Quais práticas e ferramentas têm funcionado para ampliar a visibilidade e o engajamento? É possível construir uma identidade coletiva dos PETs que respeite as especificidades e autonomia de cada grupo, mas que fortaleça o Programa em sua totalidade? Que papel a comunicação pode assumir na articulação entre grupos PET, na integração com a universidade e na formação cidadã?
Expectativas
- Entender os principais desafios e entraves enfrentados pelos grupos PET em sua comunicação interna e externa;
- Discutir formas de como a tecnologia pode ser aliada para a comunicação entre os grupos, bem como com a comunidade externa;
- Compartilhar experiências e práticas de comunicação adotadas pelos grupos;
- Discutir a criação de estratégias conjuntas de comunicação que permitam que as informações e troca de experiências sejam constantes para maior visibilidade e integração dos grupos PET;
- Propor soluções colaborativas e sustentáveis para a comunicação entre grupos e com a comunidade acadêmica.
Sugestões de preparação:
- Verificação da discussão e pontos abordados no GDT https://ocs.ufgd.edu.br/index.php?conference=ecopet21&schedConf=viiiecopet&page=paper&op=view&path%5B%5D=1553
- BALAU-ROQUE, Marina Mercante, 1986- B183e. A experiência no Programa de Educação Tutorial (PET) e a formação do estudante do Ensino Superior / Marina Mercante Balau-Roque. – Campinas, SP: [s.n.], 2012.
- Leitura de materiais sobre comunicação institucional e comunicação científica na universidade;
- Estudo de casos de projetos de comunicação bem-sucedidos em coletivos estudantis;
- Pesquisa de como funciona a comunicação da UNE e suas instituições internas (CONEB, CONEG e CONUNE).
Sugestões de pauta:
- Desafios e oportunidades da comunicação pelos grupos PET;
- Estratégias de visibilidade, integração e participação coletiva.
GDT 8: PET INTERDISCIPLINAR E SUA IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET), foi criado no ano de 1979 num conjunto de iniciativa ao fortalecimento do ensino superior brasileiro conduzido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e, no final de 1999, teve a gestão assumida pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESU/MEC). O PET vem contribuindo não só para a formação acadêmica, mas também humana dos alunos estruturados PET Cursos, que são constituídos por alunos do mesmo curso; e PET Interdisciplinar, que são grupos formados por alunos de cursos de graduação indicados. Contudo, essa última modalidade de grupo só passou a ocorrer em 2010. Neste sentido, parte-se do pressuposto que os grupos interdisciplinares, pela diversidade de alunos em deferentes formações se beneficiam de discussões que envolvem o campo do saber do outro, ou seja, possibilidades de diversas interpretações e questionamentos sobre um mesmo tema. Diante desse contexto, surgem questionamentos: A diversidade de alunos em diferentes formações em um mesmo grupo potencializa ou não a realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão? Quais os principais desafios que os grupos interdisciplinares enfrentam e como eles podem ser resolvidos? Como a interdisciplinaridade pode contribuir para formação acadêmica dos petianos?
Expectativas:
- Evidenciar particularidades: potencialidades e dificuldades dos Grupos PET Interdisciplinares;
- Socializar metodologias que podem valorizar diálogos interdisciplinares;
- Debater sobre aprendizados advindos dos processos seletivos para o ingresso de novos petianos(as).
Sugestão de preparação:
RAYNAUT, C. Os desafios contemporâneos da produção do conhecimento: o apelo para interdisciplinaridade. InterTHESIS, v.11, n. 01, 2014, p.1-22. https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/issue/view/2127
THIESEN, J. S. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, v. 13 n. 39 set./dez. 2008, P. 545- 598, https://doi.org/10.1590/S1413-24782008000300010
Sugestões de pauta:
- Os grupos PET interdisciplinares e sua contribuição para a formação dos acadêmicos;
- Dificuldades e potencialidades dos grupos de PET Interdisciplinares;
- Ações, atividades e práticas que visam estimular a interdisciplinaridade nos grupos PETs e na comunidade acadêmica.
GDT 9: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA PRÁTICA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL: INDISSOCIABILIDADE DA TRÍADE UNIVERSITÁRIA
Descrição:
O Programa de Educação Tutorial (PET), regulamentado pela Portaria MEC nº 976/2010, é orientado à uma formação acadêmica ampla aos estudantes, articulando ensino, pesquisa e extensão em suas atividades, tal como estabelece a Resolução nº 42/2013, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Com base nestas, a pesquisadeve estar integrada às demais práticas formativas, no entanto, a sua realização é desafiadora, em especial para alunos da graduação que têm pouco ou nenhum contato com a extensão durante a formação. Para esses, a pesquisa parece ser o caminho mais fácil. Diante desse processo, surgem alguns questionamentos: Como os grupos PET podem desenvolver extensão? A pesquisa pode ser benéfica aos estudantes quando desassociada dos outros eixos de uma formação universitária? Que práticas os grupos adotam para promover uma pesquisa colaborativa? E como as atividades desenvolvidas pelos grupos PET podem ser observadas na contribuição para o desenvolvimento social e a geração de produtos acadêmicos?
Expectativas
- Compreender a dinâmica dos grupos PET e suas especificidades, com foco nas práticas e nos desafios enfrentados para a realização de atividades de pesquisa acadêmica;
- Compartilhar estratégias para fortalecimento da pesquisa associada ao tripé da formação universitária;
- Ampliar a compreensão do potencial das atividades do PET, especialmente no que se refere à coleta, análise de dados gerados pelas atividades de ensino e extensão dos grupos.
Sugestões de preparação:
- Art. 2º e Art. 3º, §1º da Portaria nº 976 de 2010 (alterada pela Portaria MEC nº 343 de 2013);
- Resolução FNDE N° 42/2013.
Sugestões de pauta:
- Trocas de experiências sobre prática da pesquisa pel grupos PET;
- Desafios enfrentados pelos grupos PET na realização da pesquisa associada ao ensino e a extensão;
- Difusão e valorização da produção científica realizada pelos grupos do Programa (Como e onde publicar?).