Em janeiro deste ano, o professor Gustavo Athayde, do Departamento de Geologia e do Laboratório de Pesquisas Hidrogeológicas (LPH) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), participou de missão no arquipélago das Bahamas, como membro de um grupo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o de objetivo avaliar os impactos da passagem do furacão Dorian no aquífero local, responsável pelo abastecimento de água em toda ilha.
O furacão Dorian atingiu o noroeste do Caribe entre o final de agosto e o início de setembro de 2019. A tempestade de categoria 5 — a mais alta segundo a escala Saffir-Simpson — foi a mais forte registrada na região, com ventos de até 300 quilômetros por hora. O fenômeno causou estragos em partes dos Estados Unidos, como nos estados de Geórgia e Carolina do Norte, deixando mais de 330 mil residências e empresas sem energias. Porém a região mais afetada foi o país insular Bahamas, onde cerca de 70 mil pessoas precisaram de comida e abrigo.
Conforme conta Athayde, durante o furacão, o continente ficou praticamente submerso pela água do mar, o que ocasionou a salinização do aquífero, tornando essa fonte de água imprópria para consumo. “Os trabalhos compreenderam a coleta de água nos poços tubulares, que serão analisadas no LPH; estudos hidrogeológicos visando estimar a recarga do aquífero; e modelos matemáticos visando estimar a profundidade das lentes de água doce e salgada na ilha”, explica.
Laboratório montado no hotel dos pesquisadores para realização de análises físico-químicas. Foto: Arquivo Pessoal
Os resultados obtidos pelo grupo da Unesco permitirão avaliar a qualidade da água destinada ao consumo humano e a atividades econômicas; o tempo que a recarga do aquífero levará para dessalinizar as águas; e quais os poços tubulares devem ser priorizados para captação de água subterrânea com qualidade.
Segundo o professor, a participação na missão contribui com a internacionalização da UFPR e dos pesquisadores do Laboratório de Pesquisas Hidrogeológicas. “Também representa a aplicação do conhecimento cientifico em prol do bem-estar da sociedade”.
A equipe foi coordenada pelo professor Henrique Chaves da Universidade de Brasília (UnB) e teve a participação de pesquisadores locais.
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