Dramas femininos e cantos sagrados marcam o segundo dia do Festival

Entre espelhos, escovas e esmaltes, 13 mulheres, cada uma a sua maneira, falam sobre a vida, traição, homens e outras mulheres. O cenário era um salão de beleza, espaço tipicamente feminino, que serviu para encenar “Entre Lágrimas e Cutículas”, do Núcleo de Teatro Profissional Cena Hum, sob a direção de Jorge Sada, foi apresentada no Theatro Municipal de Antonina, nesta segunda-feira (13).

Em meio a tratamentos de beleza e fofocas, temas que muitas vezes são tratados como “coisas de mulher” vêm à tona. São assuntos que inicialmente parecem fúteis, mas que no desenrolar do enredo se transformam em discussões bem-humoradas sobre a independência das mulheres e conflitos que são levantados pela famosa curiosidade feminina.

“Nós queríamos trabalhar o lado psicológico de cada mulher e o salão de beleza é o lugar ideal, porque apesar de não serem próximas, nem amigas íntimas, cliente e manicure falam sobre assuntos muito pessoais”, explica o assistente de direção, Humberto Gomes. Segundo Gomes, algumas personagens são estereotipadas para dar aquela ideia de que o espectador tem uma amiga com as mesmas características e o que surte um efeito engraçado.

O Theatro Municipal, com capacidade para 255 pessoas, ficou lotado. A peça teve duas temporadas bem-sucedidas em Curitiba.

Na Igreja

Canções que elevam a alma, que fazem bem ao espírito. Talvez essas sejam boas definições para aqueles que assistiram ontem a apresentação das cantoras Andréa Bernardini e Viviana Mena, na Igreja da Matriz, às 20 horas de segunda (13). Com um trabalho vocal aprimorado, encantaram a plateia com canções indígenas brasileiras, paraguaias, americanas.

Acompanhadas de violão e tambores, suas vozes ocupavam o ambiente da Igreja, transportando os ouvintes para outras atmosferas com canções parecidas com rezas e mantras, ao mesmo tempo, com a delicadeza dos cantores que impressionam pela afinação.

Regra 4

A Banda Regra 4 é a apresentação mais esperada do dia, nesta terça-feira (14), no palco principal, às 22 horas. O banda mistura Maculelê, Bossa Nova, Samba e côco, com fusões e intervenções eletrônicas. O resultado é um som muito regional e ligado à cultura local e, ao mesmo tempo, cosmopolita e contemporêneo.

O grupo é formado por Eugênio Teixeira Fim (voz e violão), Luciano Nunes (teclado e voz), Emerson Antoniacomi (baixo e voz) e Randerson Santos (percussão), Felipe Boquinha (bateria), Xuxa (técnico de som) e Anderson Batata (técnico de palco).

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