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Comissão quer desmembrar o jornalismo da comunicação

Com esta medida, jornalismo deixaria de ser uma habilitação. ‘Foi um equívoco colocar o jornalismo no campo da comunicação, pois comunicação não é uma profissão’, defendeu o presidente da Comissão de Especialistas, o professor José Marques de Melo, em palestra no Departamento de Comunicação, anteontem (8/7). Cinema e audiovisual foram as primeiras áreas que deixaram de ser habilitações de comunicação.

O trabalho de discussão das novas diretrizes começou em 12 de fevereiro de 2009, quando o ministro da Educação, Fernando Haddad, publicou a portaria que indicava os nomes que iriam compor a Comissão de Especialistas.

O ministério considerava o jornalismo uma das quatro profissões fundamentais para a democracia, por interferir diretamente na formação da opinião pública. As outras seriam pedagogia, direito e medicina.

A comissão é composta pelos seguintes professores: José Marques de Melo (presidente), Alfredo Eurico Vizeu Pereira Junior (UFPE), Eduardo Barreto Vianna Meditsch (UFSC), Lucia Maria Araújo (Canal Futura), Luiz Gonzaga Motta (UnB), Manuel Carlos da Conceição Chaparro (USP), Sergio Augusto Soares Mattos (UFRB), Sonia Virgínia Moreira (Uerj).

Debates com a sociedade

A comissão abriu o tema para consulta pública na internet e realizou três audiências. Além de ouvir a sociedade, seus integrantes pesquisaram sobre as tendências do ensino de jornalismo no mundo contemporâneo e fizeram um boa revisão de bibliografia com base em referências internacionais.

‘O jornalismo é uma atividade complexa que não passa apenas pela redação. Há uma revolução das fontes, que agendam as mídias de modo geral e o jornalismo em particular’, defende Marques de Melo. ‘A maioria dos processos se origina fora das redações’, finaliza.

Foto(s) relacionada(s):


O professor José Marques de Melo, ao lado da professora Rosa Dalla Costa, durante debate na UFPR
Foto: Leonardo Bettinelli

Fonte: Mário Messagi Júnior