A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne os reitores das universidades federais, está reunida em Porto Alegre, para debater a expansão, o modelo de financiamento e a autonomia das universidades federais, com a presença de Paulo Speller, o Secretário de Educação Superior do MEC e ex-presidente da Andifes, pela UFMT.
A 71ª reunião ordinária do Conselho de Reitores teve início na noite de terça-feira com palestra do Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, sobre a educação superior federal: expansão, qualidade e inclusão. Ele abordou a importância do Prouni, que abriga 1,21 milhão de estudantes brasileiros e salientou que a política de renúncia fiscal é na verdade investimento público que vai integralmente para educação.
O Presidente do Inep fez um balanço do papel das universidades federais na inclusão social, mostrando e avaliando os números governamentais que explicitam um forte e contínuo crescimento, desde 2004, da procura por cursos de formação superior, impulsionado pelo aumento de renda do povo brasileiro.
O panorama atual das universidades federais engloba a previsão de implantar até 2014 mais 47 novos campi e assim atingir um total de 260 municípios. Os dados da inclusão social mostram que de 1997 a 2011, o percentual de alunos entre 18 e 24 anos, no ensino superior foi de 7,1 para 17,6%. Na região sul, neste mesmo período, este índice saltou de 9,1 para 22,1%. As políticas governamentais do Ministério da Educação, reduziram nos últimos dez anos a taxa de analfabetismo na população entre 15 e 29 anos, em 2011, a um patamar de apenas 1,9%, contra o índice de 4,9%, de 2001. Estes dados confirmam a crescente demanda pelo ensino superior e é vista pelo presidente do Inep como “uma pressão positiva para expansão da oferta dos cursos de graduação e consequentemente de pós-graduação”. Ele concluiu a palestra ressaltando que a presidente Dilma Rousseff entende o papel estratégico das nossas universidades e a importância de termos diferentes modelos de expansão respeitando a autonomia e lembrando ainda que as vagas e a disseminação científica nas Ifes são um bem público.
Segundo o presidente da Andifes, o reitor da Universidade Federal do Pará, Carlos Edilson de Almeida Maneschye e a ex-presidente (gestão 2003), professora Wrana Maria Panizzi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a instituição defende há mais de dez anos um projeto de governo para educação, com o compromisso e respeito à mobilidade e inclusão social, numa perspectiva estratégica para a nação.
Texto de Carlos Alberto Rocha -Assessor de Comunicação Social.