Acompanhe ao longo da semana uma série de matérias sobre o processo de pesquisa nas produções artísticas e de que maneira a ciência na arte impacta a sociedade. Os textos abordam diferentes estudos de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná na área.
Os acervos públicos nos museus de Curitiba são pesquisados pela historiadora de arte e professora Stephanie Dahn Batista, do Departamento de Artes da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O recorte temático do estudo é a figura humana, o corpo nu nas representações artísticas. Das cerca de 12 mil obras de artistas nacionais e internacionais dos acervos públicos da cidade, a pesquisadora localizou 700 nus em pinturas, gravuras, fotografias, desenhos.
“Percebemos que existem algumas representações de corpos nus em grupos. E isso não é uma prática da nossa cultura. A gente não se reúne nus. Então, qual é a narrativa desse artista do século 20 que apresenta os nus?”, comenta Stephanie. A pesquisa resultou na exposição “Vestidos em arte: os nus nos acervos públicos de Curitiba”, no Museu Oscar Niemeyer, em 2017 e 2018. A mostra é uma das mais visitadas do mundo, conforme pesquisa da revista britânica The Art Newspaper.
Ao todo, 89 mil pessoas apreciaram as 100 obras expostas com textos curatoriais produzidos por estudantes de iniciação científica da UFPR. Os textos curatoriais foram divididos em sete núcleos temáticos: “O corpo como objeto artístico”, “O corpo na academia”; “Corpo e desejo”; “O corpo vem em gênero”; “O corpo grotesco”; “O corpo fragmentado”; e “Corpos invisíveis”.
A pesquisadora conta que o estudo comprovou que o corpo é o alicerce nas Artes Visuais. “Sem o corpo presente não há narrativa e a exposição mostrou a complexidade do corpo a partir da arte no século 20”, diz Stephanie, coordenadora do projeto e curadora da mostra. Ela conta que a exposição teve grande impacto social, gerando um debate não só para o público, mas para toda a equipe do Museu Oscar Niemeyer. “Às vezes nossos estudos têm um caráter extensionista, de trazer conhecimento para comunidade, mas vêm de um processo de pesquisa”, conta a pesquisadora.
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Por Chirlei Kohls
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