As folhas da planta Tropaeolum majus, conhecida como chaguinha ou capuchinha, são comumente usadas em forma de chá para tratar hipertensão e retenção de líquidos. Entretanto, um estudo alerta que a planta não deve ser usada por gestantes, pois seu consumo oferece riscos ao embrião.
A pesquisa, feita no Laboratório de Toxicologia Reprodutiva da UFPR, foi publicada no livro “Toxicologia reprodutiva de “Tropaeolum majus” (Chaguinha): Riscos do uso das folhas de “Tropaeolum majus” L. durante a gestação”, de autoria de Emerson Luiz Botelho Lourenço, Arquimedes Gasparotto Jr. e Paulo Roberto Dalsenter.
As folhas e flores da chaguinha, ou capuchinha, são muito usadas em saladas, e suas propriedades medicinais são amplamente divulgadas. Entretanto, esse é o primeiro trabalho que mostra os efeitos tóxicos da planta, especialmente para gestantes.
Como vários medicamentos devem ser evitados durante a gestação, muitas mulheres buscam as plantas medicinais como terapia alternativa. “Devido à falta de conhecimento, essas mulheres podem colocar em risco sua gestação dependendo do período, frequência e tipo de planta utilizada”, dizem os autores.
Nos testes realizados em ratos, foi constatado que a exposição à chaguinha no começo da gestação interfere na implantação do embrião no útero, com média de perda de 50% dos implantes. Quando a exposição aconteceu no período pós-implante do embrião os filhotes, no nascimento, diminuíram o peso e apresentaram uma anomalia renal (detectou-se um mecanismo parecido com outras substâncias que inibem o desenvolvimento dos rins).
Os resultados dos testes feitos em modelos animais têm potencial para serem os mesmos observados em humanos, explica Paulo Roberto Dalsenter, professor do Departamento de Farmacologia da UFPR e co-autor do estudo. “A recomendação é que a planta não seja consumida durantes a gestação”, afirmou.
Segundo Dalsenter, estes resultados mostram a importância de conhecer o potencial toxicológico das plantas medicinais, principalmente quanto ao uso durante a gestação.
O livro, publicado pela editora alemã Novas Edições Acadêmicas (NEA), é o primeiro produzido a partir de uma tese do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFPR. Emerson Luiz Botelho Lourenço e Arquimedes Gasparoto Júnior, ambos doutores em Farmacologia pela UFPR, atualmente lecionam na Universidade Paranaense – UNIPAR/PR e Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD/MS, respectivamente.
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