O reitor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Zaki Akel Sobrinho, suspendeu a reunião do Conselho Universitário que apreciaria a nova proposta de gestão compartilhada do Hospital de Clínicas do Paraná e da Maternidade Victor Ferreira do Amaral pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). A decisão foi tomada porque um grupo de manifestantes liderados pelo Sinditest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba), DCE (Diretório Central dos Estudantes) e APUFPR (Associação dos Professores das Universidade Federal do Paraná) impediu, com o uso da força, a entrada de integrantes do Conselho Universitário para a realização da reunião e ainda se recusaram ao debate, retirando-se do local – o prédio da Procuradoria da República, em Curitiba.
“Nós repudiamos de forma veemente a ação dos manifestantes, que agiram de forma violenta e autoritária, impedindo o acesso de vários conselheiros e depois se retirando da reunião. Eles não respeitaram o espaço democrático que a UFPR e a Procuradoria da República abriram para debater a nova proposta, embora tenhamos feito oito audiências para discutir o assunto, mediadas pela Justiça, com as presenças dos seus próprios representantes”, criticou o reitor da UFPR.
A reunião havia sido marcada para às 9h, mas foi adiada para o período da tarde diante da ameaça à segurança dos conselheiros, já que os manifestantes obstruíram a entrada do prédio da Reitoria da UFPR, onde está situada a sala do Conselho Universitário. Para esta reunião, visando garantir a transparência da decisão, o reitor da UFPR convidou integrantes do Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Justiça do Trabalho, além de abrir espaço para as três entidades manifestarem suas posições e apresentarem seus argumentos aos conselheiros. Diante deste problema, para garantir a integridade física dos conselheiros, Zaki Akel Sobrinho acatou oferta da procuradora Antonia Lélia Sanches de realizar a reunião às 14h, no prédio da Procuradoria da República.
A reunião do Conselho foi tensa devido à postura agressiva dos manifestantes. O reitor da UFPR garantiu a palavra aos representantes do Sinditest, DCE e APUFPR, que foram convidados a participar da reunião. Este fato foi registrado na íntegra pela unidade de comunicação da APUFPR. Até a equipe da própria UFPR-TV foi impedida de entrar no prédio para registrar esta reunião histórica. Mesmo assim, apelando a questões de ordem, eles tentaram impedir o quórum que garantiria a legitimidade da reunião. Do lado de fora do prédio, um grupo de manifestantes formou um cordão de isolamento, impedindo a entrada de oito conselheiros e, de modo arbitrário, deixaram entrar apenas aqueles que haviam se manifestado contra a Ebserh. Além de criticar a postura
autoritária dos manifestantes, Zaki Akel lembrou que eles estavam desrespeitando decisão da desembargadora Ana Carolina Zaina, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, que obriga a UFPR a se manifestar até 19 de junho sobre a proposta de contrato de gestão com a organização. Na terça-feira (dia 3), o Conselho de Administração do Hospital de Clínicas também já havia aprovado a gestão compartilhada com a Ebserh por quinze votos a nove.
Benefícios à sociedade
Para o reitor da UFPR, os manifestantes não entenderam o objetivo da reunião. “O que nós iríamos votar não era o contrato com a Ebserh, que vai resguardar o direito e o emprego dos 916 servidores da Funpar-HC, mas se a UFPR aceitaria a gestão compartilhada do HC com a organização. O contrato será apreciado tão logo seja concluído pelo Coplad (Conselho de Planejamento e Administração da UFPR) e só a partir de então passará a ter efeitos reais a gestão compartilhada”, afirmou Zaki Akel Sobrinho. Ele explicou que, se o novo modelo de gestão compartilhada não fosse aprovado e os 916 trabalhadores da Funpar-HC fossem dispensados, o Hospital de Clínicas reduziria seus leitos para apenas 163 – uma perda de quase 40%. Além disso, ainda haveria a execução da ação civil pública que resultaria na exoneração dos trabalhadores Funpar-HC.
A decisão da Conselho Universitário possibilitará à UFPR realizar concurso público para a contratação de mais 2.063 servidores (cerca de 1,5 mil para o HC e quinhentos para a Maternidade Victor Ferreira do Amaral), garantir o emprego dos 916 funcionários da Funpar-HC por mais cinco anos, aumentar o número de leitos dos atuais 411 para 670, reativar especialidades médicas que haviam sido suspensas por falta de pessoal e garantir que o Hospital de Clínicas continue prestando sua tríplice função de instituição de ensino, pesquisa e assistência. Por este motivo, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, salientou que a aprovação da gestão compartilhada com a Ebserh pelo Conselho Universitário seria uma grande vitória não apenas para o Hospital de Clínicas e a UFPR, mas para toda a sociedade paranaense. “A partir de agora, poderemos aumentar o número de leitos e funcionários do HC, preservar os empregos dos servidores da Funpar-HC, melhorar o atendimento do maior hospital público do Estado e garantir que o hospital continue atendendo 100% dos seus pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, afirmou. A UFPR poderá ainda indicar os diretores-gerais dos dois hospitais, garantindo sua autonomia e se mantendo como o maior e melhor hospital público do Paraná.
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