A iniciativa do projeto é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, um organismo internacional representado pela UFPR no Paraná. O comitê diretor da iniciativa, porém, é multi-institucional: além da UFPR, participam UTFPR, CNPq, Sebrae/PR, Fiep, Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Agência Curitiba de Desenvolvimento e Movimento Pró-Paraná. A cerimônia de abertura foi prestigiada por representantes de todas as entidades do comitê e ainda por diversos representantes de outras universidades e entidades do Paraná.
No que depender do entusiasmo dos participantes, o projeto será um sucesso. Todos externaram o sentimento de que o Estado tem tudo para ser efetivamente uma região de inovação, concordando com o fato de que essa característica somente poderá ser buscada com a reunião entre academia, iniciativa privada e governo.O reitor Zaki Akel Sobrinho, que presidiu a solenidade, acredita que o momento é histórico e que daqui a cinco anos o Paraná poderá ter o resultado positivo da iniciativa. Lembrou dos grandes investimentos que estão sendo feitos nas universidades, no ensino tecnológico com o futuro IFPR e a Universidade Latino-Americana; o cenário favorável com o estímulo real que os governos nos três níveis têm dedicado à pesquisa e ao ensino. “O Paraná está vivendo uma oportunidade única”, disse Zaki, ratificando os demais ao dizer que uma rede de instituições é mais forte que os esforços individuais. Citando o crescimento na educação nos últimos tempos – informou que a UFPR lançou somente neste ano oito novos programas de Mestrado e Doutorado – Zaki afirmou também: “O Salto na área acadêmica só terá sentido se for compartilhado com o setor produtivo, com as demandas da sociedade paranaense”.
O projeto está sendo executado em outros 14 países e no Brasil envolve apenas o Paraná e a Região Metropolitana de Campinas. A coordenadenação regional está a cargo do professor de Economia da UFPR, Cássio Rolim. Para Cássio, o projeto que começa agora e deverá estar pronto em meados de setembro de 2010, os resultados da iniciativa poderão ser medidos por meio do aumento da produtividade e da competitividade da economia paranaense. “Empresas demandando conhecimento tecnológico e as universidades gerando esse conhecimento”, afirmou. Para ele, a verdadeira região de inovação só suplantará a mera palavra de “efeito”, se houver efetiva interação entre todos os atores. “Sem isso, o conceito de inovação não existe”, expôs.
O professor Francisco Marmolejo, consultor da OCDE, nos Estados Unidos, participou do lançamento do projeto ministrando a palestra “Educação Superior e Desenvolvimento Regional”. Para ele, o Paraná tem grandes chances de ser bem-sucedido na empreitada: “Aqui já existe o diálogo, coragem, valentia e independência para as discussões, e de poder reconhecer o que funciona e o que não funciona nas relações entre universidades, empresas e governo”, disse. Ele elogiou o fato de que o Estado tem uma grande vantagem de ter instituições de pesquisa e de ensino superior de qualidade, com grande capacidade e prestígio, o que considera o primeiro ingrediente para se converter em sucesso de projeto.
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Reitor Zaki Akel Sobrinho, ao lado do reitor da UTFPR, durante o evento
Foto: Denis Ferreira Netto / Agência La Imagen
Mesa de abertura do evento
Foto: Denis Ferreira Netto / Agência La Imagen
Fonte: Leticia Hoshiguti
