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FEDERAL DO PARANÁ

Entidades querem transformar o Paraná em região de inovação

Representantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Sebrae/PR, Fiep, Agência de Desenvolvimento de Curitiba, Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Movimento Pró-Paraná reúnem-se sexta-feira, dia 3, em Curitiba, para discutir um projeto que tem como objetivo unir universidades, instituições e usuários em prol do desenvolvimento do Estado.

A ideia do grupo é transformar o Paraná numa região de inovação, sustentada por uma rede permanente de integração entre universidades e instituições. O desafio, que começa oficialmente nesta semana, com a realização de um workshop, está sob a coordenação internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, ou OECD em inglês). A organização internacional, com sede em Paris, na França, realiza rodadas de discussões e apoia projetos de inovação semelhantes em 15 regiões de 11 países. Quatro deles — Brasil, Chile, Israel e Malásia — não são membros da OCDE.

No Brasil, além do Paraná, a organização internacional apoia projeto semelhante na Região Metropolitana de Campinas, em São Paulo. Na rodada anterior, que foi de 2004 a 2007, 14 regiões de 12 países foram avaliadas. O projeto incluiu, na época, apenas uma região do Brasil, o Norte do Paraná.

O workshop “OCDE – Paraná: a Construção de uma Região de Inovação” vai das 9 às 17 horas e será realizado no auditório do Sebrae/PR, na Capital, que fica na Rua Caeté, 150. Para participar dos estudos, a OCDE exige que cada região forme um comitê e nomeie um coordenador geral, apoiado por um grupo de trabalho. A instalação do Comitê Consultivo, que será o responsável pelo desenvolvimento da proposta no Paraná, está prevista para as 9 horas.

Já confirmaram presença no workshop o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho; o reitor da UTFPR, Carlos Eduardo Cantarelli; o vice-presidente do CNPq Wrana Panizzi; o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Allan Marcelo de Campos Costa; o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures; o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Juraci Barbosa Sobrinho; a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superio, Lygia Pupatto; e o presidente do Movimento Pró-Paraná, Belmiro Valverde.

Programação

A apresentação do “OCDE-Paraná” realiza-se às 10 horas e será feita pelo coordenador regional do projeto e professor da UFPR, Cássio Rolim. Às 11 horas, Francisco Marmolejo, consultor da OCDE e representante da CONAHEC, um consórcio de educação superior com sede na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, falará sobre “Educação Superior e Desenvolvimento Regional”.

O professor Antonio Carlos Lugnani, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), falará às 14 horas sobre o tema “A experiência adquirida: o caso de Maringá”. E Cássio Rolim explica, das 15h30 às 17 horas, mais detalhes sobre a metodologia do projeto e próximas etapas.

O estudo vai englobar todo o sistema de ensino superior do Paraná: federal, estadual e privado. Vai concentrar-se principalmente na Região Metropolitana de Curitiba, onde está a maior parte das instituições de ensino superior paranaenses. Os dados das universidades estaduais do Norte do Estado, coletados na rodada anterior, serão atualizados.

Passo-a-passo

Uma das etapas da proposta de transformar o Paraná numa região de inovação é a elaboração do chamado ‘processo de autoavaliação’. O grupo paranaense deverá coletar dados para produzir um relatório, dividido em capítulos: Visão geral da região; Características do sistema de educação superior; Contribuição da pesquisa para a inovação regional; Contribuição do ensino e aprendizagem para o mercado de trabalho e especializações; Contribuição para o desenvolvimento social, cultural e ambiental; Formação de competências para cooperação regional; e Conclusões.

Concluída a autoavaliação, o estudo será avaliado por especialistas internacionais. Uma missão da OCDE está prevista para desembarcar no Paraná em setembro.

Diálogo transformador

“As regiões do mundo que possuem atualmente um alto grau de inovação passaram por processos semelhantes, de integração entre instituições e universidades geradoras de conhecimento. Esse conhecimento tem que chegar aos usuários e por sua vez transformar-se em ganhos de produtividade para as atividades econômicas da região. Com isso as regiões tornam-se mais competitivas. As universidades e instituições precisam ter um diálogo permanente e transformador. Elas também contribuem para a formação de uma consciência social, cultural e ambiental nas regiões em que estão inseridas. E é isso que queremos fazer no Paraná, unir esforços para formarmos uma rede”, diz o coordenador regional do projeto, Cássio Rolim.

Na sua avaliação, o Paraná tem potencial para abrigar um sistema regional de inovação. A expectativa é que esse conjunto de organizações seja constituído de universidades, laboratórios de pesquisa básica, laboratórios de pesquisa aplicada, agências de transferência de tecnologia, organizações regionais de governança, públicas e privadas, associações comerciais, câmeras de comercio, organizações de treinamento vocacional, bancos, empresários dispostos a desenvolver novos produtos em parcerias de risco, pequenas e grandes empresas interagindo. “Além disso, essas organizações devem demonstrar vínculos sistêmicos através de programas em comum, participação conjunta em pesquisa, fluxos de informações e pelo estabelecimento de linhas de ação política pelas organizações de governança.”

“É dentro dessa perspectiva que a adequação das universidades para desempenhar um papel determinante nesse processo vem sendo discutida em todo o mundo. Esse debate tem sido muito intenso, particularmente na Europa uma vez que a Comunidade Européia vem aplicando quantidade significativa de recursos em novas universidades ou na reestruturação de universidades mais antigas. Nos últimos anos foram realizados vários estudos patrocinados pela Comunidade Européia. Também a OCDE vem estudando intensamente esse tema e no momento está realizando uma grande pesquisa envolvendo um grande número de universidades”, explica Cássio Rolim.

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Logotipo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês)
Foto: Reprodução

Fonte: As informações são da Agência Sebrae de Notícias no Paraná