UFPR vai sediar o VII Congresso Internacional de Linguística

Especialistas que trabalham com fonética forense, como Ricardo Molina, da Unicamp; Ana Müller, da Usp, que trata da preservação das línguas indígenas e Elsa Gomes Imbert, da Universidade de Toulouse sobre línguas tonais (línguas em que o tom utilizado muda o sentido da palavra, como o chinês e o japonês) participam do evento.

O encontro promove o intercâmbio de pesquisadores de várias áreas da lingüística, como alfabetização e fonética, políticas lingüísticas, dialetos, línguas lusófonas (dos países que utilizam o português) e o Bilinguismo dos surdos, que aborda qual é a primeira língua dos surdos, já que eles utilizam a linguagem dos sinais, entre outros. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Linguística (Abralin) e será realizado no complexo da Reitoria da UFPR, Edifício D. Pedro I, na Rua General Carneiro, 460, de 7 a 12 de fevereiro.

Segundo a presidente da Abralin, professora Maria José Foltran, do departamento de Linguística da UFPR, o Congresso será a oportunidade para professores e estudantes de graduação e pós-graduação participarem de diversos minicursos. Entre os conteúdos ministrados, um voltado para os professores de língua portuguesa da educação básica, como o de fonética e alfabetização, vai trabalhar o conhecimento fonológico da língua.

Um professor capacitado nessa área consegue entender melhor o processo de aprendizado da criança, que tem a noção da escrita inicialmente como fonética. ‘O professor precisa perceber que a escrita da criança não é exatamente um erro, mas uma percepção, que é certa ou adequada para aquela fase, para depois processar que a escrita não é fonética’, exemplifica Maria José.

Sugestão de temas a serem discutidos em mesas redondas durante o Congresso, no
Edifício D. Pedro I:

Dia 10, quinta-feira, das 11h às 13h, Ana Müller, professora da USP especialista em karitiana, língua indígena brasileira do tronco Tupi, da família Arikém. É falada por cerca de 320 pessoas que vivem numa reserva ao sul de Porto Velho, em Rondônia e que apresenta a característica de não utilização de marcas de plural. Será no Anfiteatro 800.

Dia 11, sexta-feira, das 17h às 19h, fonética forense, coordenada pela professora Adelaide Pescatori Silva, da UFPR. Vai enfatizar o papel crucial que os lingüistas têm nessa prática e a necessidade de se buscar um diálogo multidisciplinar para que se chegue a análises mais acuradas tanto na identificação de autoria de textos escritos como na identificação de falantes. O especialista Ricardo Molina estará presente. Anfiteatro 100.

Minicursos

De 14 a 18 de fevereiro os participantes do evento poderão participar de minicursos. No site http://sites.google.com/site/abralincurtiba2011/minicursos-disponiveis-no-xx-instituto é possível realizar a inscrição até a véspera do início de cada curso. Eles serão realizados pela manhã, da 8h às 12h e no período da tarde, das 14h às 18h.

Políticas Linguísticas no Espaço Lusófono – O professor Carlos Alberto Faraco da UFPR e Xoán Carlos Lagares, abordarão em mini-curso também na parte da tarde, a noção de Lusofonia. A situação do português em Cabo Verde e a situação do galego na Espanha. As duas situações, embora muito diferentes entre si, favorecem a apreciação em profundidade de temas de política lingüística.

Fonologia e Alfabetização – discutirá os aspectos fonológicos com a alfabetização e a natureza da interferência da oralidade na escrita e também da escrita na oralidade

sob a perspectiva da fonologia.

Processo de aquisição da escrita – será das 14h às 18h, com professores da Unicamp Bernadete Abaurre e Raquel Fiad que discutirão a aprendizagem da base alfabética e a produção de textos no ensino fundamental.

Serviço:

VII Congresso Internacional de Linguística

Datas: de 7 a 12 de fevereiro

Abertura: Dia 9 de fevereiro, às 19h30

Local: Centro de Convenções de Curitiba – Rua Barão do Rio Branco, 370 – Centro.

Local das mesas redondas: Complexo da Reitoria, Edifício D. Pedro I, Anfiteatros 100 e 800

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