O evento abriu oficialmente as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorrerá dos dias 17 a 21 de outubro. Dentre as atividades que o Labmóvel realizará na SNCT estão o Experimento Global da Água, as Feiras de Ciências nas Escolas Públicas do Litoral, o Concurso Cultural de Desenhos, as Exposições temáticas e a Feira Regional de Ciências.
A peça provocou a reflexão e o debate sobre pesquisa com seres humanos, propiciando discussões sobre ética na pesquisa. No palco, foi representada a história de Claire e Patrice. Ela é uma pesquisadora inglesa bem estabelecida, que coordena um estudo na África com mulheres grávidas portadoras do vírus causador da Aids.
Patrice é um jovem africano que pede que a cientista o ajude a praticar inglês para estudar nos Estados Unidos. O contraste entre as origens e a trajetória dos personagens servem de base para a narrativa.
Segundo o professor do Colégio Gabriel de Lara, Marcos Silva Machado, o espetáculo faz o aluno pensar sobre o que é ético ou não, proporcionando a criação de conhecimento. O texto foi escrito por Paul Sirett da companhia britânica Theatrescience.
A versão brasileira é uma realização do Museu da Vida, dirigida por Wanda Hamilton, que é também pesquisadora e coordenadora do Ciência em Cena, setor de visitação do Museu da Vida, cujo o objetivo é articular arte e ciência. ‘Queremos falar de ciência através de recursos artísticos’, afirmou Wanda.
O espetáculo contou com um público médio de 400 pessoas por apresentação, dentre elas: estudantes, professores e técnicos da UFPR Litoral; estudantes e professores de escolas públicas da região e integrantes da comunidade em geral.
Após as encenações foram abertos espaços para debates, que contaram com a participação das professoras Daniela Archanjo, Luciana Castilho (Comitê de Ética em Pesquisa da UFPR) e Ângela Katuta e do coordenador do Projeto Labmóvel Rodrigo Reis.
Para Valdo Cavallet, diretor da UFPR Litoral, é uma peça de um impacto muito grande, que trata de um tema extremamente sensível, que é a questão da Aids. ‘A peça, para mim, dentro da universidade, possibilita que a gente discuta com os estudantes e nessa interação com a educação básica, podemos, através desse tema, chegar até todas as famílias dos jovens e discutir mais a fundo essa questão do que significa a Aids e o impacto destruidor que ela tem sobre as pessoas e sobre as famílias’, afirmou Cavallet.
Foto(s) relacionada(s):
Debate após uma das apresentações da peça
Foto: Arquivo UFPR Litoral
Fonte: Emanuelle Kassab Zanon e Daiane da Roza (Revisão: Elisiani Tiepolo e Aline Gonçalves)
