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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

UFPR age para resolver problema de trabalhadores do HC

No documento, que será entregue também o governador Orlando Pessuti (PMDB) e à bancada paranaense de deputados federais, a universidade pede auxílio para encontrar uma solução negociada para o termo de ajuste de conduta assinado em 2007 pela Funpar, UFPR e Ministério Público do Trabalho.

De acordo com o termo, cerca de 1,2 mil funcionários do HC contratados através da Funpar – quase um terço do contingente do Hospital – precisariam ser demitidos até o dia 31 de dezembro. Em todo o país, a situação afeta cerca de 18 mil trabalhadores de hospitais ligados ao Ministério da Educação e contratados sem concurso público.

Como o problema não é localizado, a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições de Ensino Superior (Andifes), também já se movimenta para encontrar uma solução nacional. ‘Mesmo assim, não podemos ficar só esperando. Precisamos cuidar da nossa casa’, afirmou o reitor Zaki Akel.

Após se articular politicamente com membros do Executivo e do Legislativo, a UFPR irá a Brasília para conversar com os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Planejamento, Paulo Bernardo, e tentar construir uma solução negociada para o problema. Isso deve ser feito ainda em maio, antes que o calendário eleitoral se intensifique.

A carta entregue ao prefeito faz um histórico do quadro da Funpar no HC, situa o Hospital no sistema público de saúde do Estado e argumenta que, apesar da assinatura do termo de conduta, não foram feitos os concursos públicos necessários para a reposição de pessoal. ‘Hoje, se despedirmos 1,2 mil trabalhadores, o hospital praticamente para’, reclamou o reitor Zaki Akel Sobrinho. Sem esses funcionários, estima-se que a capacidade de atendimento do HC, que hoje é de 400 leitos, caia para menos da metade. ‘Sem falar no drama social, do desemprego, que vai afetar 1,2 mil famílias’, continuou o reitor.

A carta sensibilizou o prefeito Ducci, que já foi secretário municipal da saúde. ‘Por isso, sei da importância do Hospital para o sistema de saúde de Curitiba e do Paraná. Sou totalmente favorável à reivindicação da universidade, que é justa. É fundamental não só mantermos esses trabalhadores, como também que o governo abra concursos públicos para a contratação de mais pessoal’, avaliou o prefeito.

O ‘drama social’ do desemprego para esses funcionários também preocupa a universidade. ‘Os trabalhadores, hoje, vivem apreensivos’, destacou o presidente do Sinditest, Wilson Messias.

Dentre os trabalhadores que o Ministério Público pede a demissão, alguns têm já 25 anos de serviços prestados e agora encontrariam dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho. ‘Precisamos de uma solução definitiva, e não paliativa. Não queremos que as pessoas fiquem com a espada na cabeça’, concluiu Zaki Akel.

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Comitiva da UFPR conseguiu sensibilizar o prefeito Ducci
Foto: Rodrigo Juste Duarte

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Fonte: Sandoval Matheus (estagiário), sob orientação de Fernando César Oliveira