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Sessão do PNE reúne 400 pessoas no litoral

Representantes de todos os níveis de educação, desde a infantil até a superior, passando pela educação inclusiva, de jovens e adultos, estiveram reunidos na UFPR em Matinhos, na última terça-feira (7), para discutir o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio de 2011 a 2020. A proposta do novo PNE apresenta 20 metas, dez estratégias e 178 diretrizes a serem alcançadas pelo país até o ano de 2020.

Entre os presentes estava o relator do projeto de lei, deputado federal Angelo Vanhoni (PT-PR), o secretário do Ministério da Educação (MEC), Francisco Chagas, o deputado estadual Professor Lemos (PT), os prefeitos dos municípios de Matinhos, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba, além de vereadores e representantes dos dirigentes demais municípios do litoral do Paraná.

O diretor do Setor Litoral da UFPR, Vado Cavallet, recebeu todos os participantes lembrando que a proposta da sessão é construir um documento conjunto com a participação de cada um dos presentes, para que a educação do litoral do Paraná esteja bem representada. “A educação é um processo de autoconhecimento e de conhecimento do mundo, que vai desde a educação infantil até o idoso. Temos que viabilizar uma educação realmente democrática e participativa”, afirmou Cavallet.

O deputado federal Angelo Vanhoni relatou que ainda há milhares de crianças de zero a seis anos fora da escola em todo do Brasil. “A partir dos quatro anos todas as crianças devem estar na escola. Isso já é lei, mais não é realidade. As novas metas devem garantir o acesso, a permanência e a qualidade da educação em todos os níveis”, afirmou Vanhoni.

Na opinião do parlamentar é no ensino médio que está o grande problema da educação brasileira. “Precisamos reavaliar o ensino médio, há um movimento de ofertar mais cursos médios profissionalizantes. A meta é duplicar a oferta de vagas nos institutos federais, que ofertam esses cursos”, continuou. Outro ponto ressaltado por ele foi a valorização da carreira de docente. “A proposta é nos próximos dez anos elevar o piso que hoje é de 1.187 reais para algo em torno de 3.500”, afirmou.

Para o secretário Francisco Chagas, o processo de construção coletiva do PNE deve resultar em um documento de estado e não de governo, para que ele seja legitimado e consolidado. “Os municípios e estados também terão que ter seus planos para que as metas possam ser efetivamente alcançadas. Nosso primeiro desafio é ter um plano de estado. O segundo é aplicá-lo de forma colaborativa entre as instâncias federal, estadual e municipal”, esclareceu Chagas. Na sua avaliação, mais importante que a quantidade de metas são as estratégias para atingi-las. “As estratégias têm que ser melhores do que foram as do último Plano de Educação. Não iremos definir as ações que cabem aos estados e municípios, mas temos que ter as estratégias que conduzem às ações.”

Para avaliar e contextualizar as 20 metas propostas no projeto de lei, os participantes do evento dividiram-se em 12 grupos temáticos de discussão.

Ao final dos trabalhos em grupo, o diretor do Setor Litoral da UFPR convidou os representantes de instituições de ensino, órgãos púbicos, como secretarias e núcleos de educação, assim como todos os presentes, a continuar a construção coletiva de um documento que represente os desafios e metas da educação nos sete municípios do litoral do Paraná.

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Público presente ao encontro
Foto: Ana Iadelka

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Fonte: Aline Gonçalves