Entre os movimentos negros representados na homenagem prestada no Salão Nobre da APP Sindicato, no centro de Curitiba, estiveram Educadores Anti-Racismo, Instituto Afro-Brasileiro, IPPAD, Acnap.
A homenagem foi um justo reconhecimento e uma defesa pública da posição tomada pelo reitor da UFPR, Carlos Moreira Júnior e pelos Representantes do Conselho Universitário da Instituição que apoiaram e implementaram na universidade políticas afirmativas, como as cotas raciais no processo seletivo 2005. Para um dos mais respeitados representantes do Movimento Negro no Brasil, o economista e professor Hélio Santos, foi uma feliz conincidência estar no Paraná justamente no dia desta homenagem à UFPR. ‘Há quatro anos, quando estive aqui com as lideranças negras achei que seria muito difícil, pelo cenário que estava posto, conseguir avançar na questão das políticas afirmativas. Mas tenho que reconhecer de público que me enganei, que as lideranças trabalharam muito e que o reitor, assim como seus conselheiros, seguiram o caminho correto’, afirmou.
Para o principal homenageado, o reitor, o momento de defender as políticas afirmativas, em 2002 era o correto, ‘para não perder o bonde da história’, lembrou. ‘Como lembrou o próprio Hélio Santos, o país estava desenhando um cenário que propiciava mundanças, como as que propussemos a Universidade. Mas nunca imaginei que seria tão difícil, com tantas pessoas contra. Mesmo que mostremos a realidade da UFPR, os números que comprovam que tínhamos menos de 2% de negros ingressando em cursos superior, parece ser pouco. Além de poucos negros ingressando em cursos de graduação, aqueles que o faziam não eram cursos como Medicina. Afinal, o último médico negro formado pela UFPR foi o atual secretário de estado Nizan Pereira, que foi meu professor. E eu já estou formado há 20 anos’, finalizou.
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Homenagem ao reitor e conselheiros pelos movimentos negros
Foto: Isabel Liviski
Fonte: Patricia Favorito Dorfman
