Em evento aberto ao público interno da universidade, realizado na sexta-feira, dia 10, a equipe da PROGRAD – Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal do Paraná, coordenadores de cursos, conselheiros do CEPE – Conselho de Ensino e Pesquisa, alunos e demais interessados ampliaram a idéia de um Projeto Político Pedagógico para os cursos da nova UFPR Litoral.
Participaram do seminário, além do professor Valdo Cavallet, pró-reitor de graduação, as professoras Lea Anastasion, aposentada da UFPR e consultora da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e Maria Isabel Cunha, da UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, extremamente atuantes nas áreas de montagem de matrizes integrativas e profissionalização continuada de docência na educação superior.
“O projeto político pedagógico é o documento que expressa as intenções, diretrizes, compromissos, o processo pretendido e faz um desenho dos resultados”, explicou a consultora da UFSC. “Ou seja, estabelece as determinantes para o curso que se pretende efetivar.”
“Quando vemos a UFPR investindo no litoral, isso, por si só, já é um projeto político pedagógico”, acrescentou a professora da UNISINOS. “Ela está preocupada com uma região que é pouco desenvolvida economicamente e que tem potencialidade para o Estado. Além disso, confirma o compromisso público da educação para todos.”
Durante todo o dia, os participantes do seminário começaram a se inteirar sobre os novos cursos e a realidade da região onde vai atuar a UFPR Litoral para iniciar o trabalho de definição das matérias e áreas de estudo que deverão ser desenvolvidas de uma forma já direcionada para a realidade local e para o perfil pretendido de alunos e futuros profissionais.
“A idéia é trabalhar o regional não como um limitador, mas como uma referência de estudo e de novas possibilidades”, esclareceu Lea Anastasion. “Trabalhar com características regionais que possam tranqüilamente ser extrapoladas para qualquer outra região onde o futuro profissional venha a trabalhar.”
Outra questão interessante levantada pela professora Maria Isabel Cunha foi a vinculação entre a graduação e o ensino técnico que será disponibilizada no litoral. “O ensino técnico tende a ter uma relação mais imediata com o ensino popular. A oferta articulada dá condições para inserção no mercado de trabalho para quem não tem condições de fazer um curso de graduação. A decisão pelos cursos já definidos – Fisioterapia, Técnico em Enfermagem, Gestão Ambiental,Técnico em Agroecologia, Técnico em Transações Imobiliárias e Técnico em Hotelaria – já atende a um estudo de demanda e interesses regionais. A região é de potencial turístico, mesmo que sazonal. E isso pode ser ampliado com algumas programações extratemporada, como o estabelecimento de spas, por exemplo. A questão ecológica também é importante, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável e à recuperação de áreas degradadas.”
O Seminário na PROGRAD foi o início dos trabalhos para o fechamento dos projetos políticos pedagógicos da UFPR Litoral.
Foto(s) relacionada(s):
Professores Maria Isabel Cunha, Lea Anastasion e Valdo Cavallet, Pró-Reitor de Graduação
Foto: Rute Marques
Fonte: Vivian de Albuquerque
