O primeiro grupo de alunos moçambicanos que vai estudar na UFPR em 2015 acaba de ser escolhido. A seleção foi realizada a partir de edital publicado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade Eduardo Mondlane (ECA-UEM) e teve dezenas de candidatos. A escolha coube aos professores Ernesto Nhatsumbo, que é diretor do curso de Jornalismo; João Miguel, vice-diretor da ECA; e o professor da UFPR, Toni André Scharlau Vieira, coordenador do projeto, que está em missão de pesquisa e estudo na capital de Moçambique, Maputo. Os selecionados foram Cleyde Mamade Tarmamade, Milton João Langa e Orlando Ernesto Nhabetse.
Os três vão estudar e pesquisar no Departamento de Comunicação da UFPR no primeiro semestre de 2015. Segundo o professor Mário Messagi Jr, que é Chefe do Departamento de Comunicação Social e um dos coordenadores do projeto, os alunos poderão escolher as disciplinas que vão cursar ainda em Maputo. “Dessa forma, vamos viabilizar que os moçambicanos possam aproveitar integralmente as disciplinas cursadas aqui, sem prejuízo para o cumprimento dos créditos no curso deles”, assegura Mário.
Para o professor Toni, o processo está sendo muito gratificante e, além de dar visibilidade internacional para a UFPR, fortalece a política de relação Sul-Sul. “A importância maior do projeto é a aproximação e a construção de conhecimento numa parceria que é facilitada pela língua comum, o português”, reforça o professor.
Na próxima semana, será realizada a seleção dos professores que virão ao Brasil. Dois deles também serão professores da UFPR por um semestre. “O intercâmbio será em sala de aula, na pesquisa e na extensão, pois os professores poderão trabalhar no mestrado, nas pesquisas em andamento, na graduação e nos trabalhos extensionistas do Núcleo de Comunicação e Educação Popular (NCEP)”, confirma o professor Mário.
Os alunos e os professores moçambicanos devem chegar a Curitiba no início de fevereiro. Os brasileiros que vão a Moçambique também devem viajar no mesmo período para Maputo. Em 2016, uma nova turma fará os mesmos trajetos. Durante o projeto, deverão ser escritos e editados dois livros com os resumos das experiências.