O Projeto Primas – Padronização do Resíduo Industrial de Madeira Sólida, desenvolvido pela UFPR, foi um dos destaques no estande brasileiro das feiras de Carrefour Dubois, em Nantes na França e Xylexpo em Milão, Itália. A UFPR foi uma das integrantes da Missão Comercial do SINDIMADEIRA-RS que viajou àqueles países na última semana de maio.
A Feira de Nantes era destinada exclusivamente à comercialização de madeiras, enquanto a Xylexpo, que ocorre de dois em dois anos, era dirigida à venda de máquinas, equipamentos e à comercialização de artefatos de madeira com valor agregado, como assoalhos, compensados, madeira serrada tropical, de pinus e eucalipto.
O Projeto Primas trabalha com resíduos de madeira, com certificado de origem, no empastilhamento de painéis decorativos. “Nosso objetivo é criar novos padrões tecnológicos na utilização de madeira para reduzir o desperdício e, ao mesmo tempo, contribuir para a própria sustentabilidade da atividade, eliminando as práticas incorretas”, explica o professor Dartagnan Baggio Emerenciano, coordenador do Curso de Engenharia Florestal da UFPR.
O professor explica que, para transformar árvores em pranchas, vigas, caibro e tábuas – colocando-as de acordo com o padrão de qualidade do mercado – é que se chega a um índice tão baixo de aproveitamento, onde não são permitidos nós, furos de bichos ou outros “defeitos” naturais da madeira. E o que o PRIMAS vem desenvolvendo é a metodologia para criar novos padrões tecnológicos, ou seja, novos produtos. “São dois novos padrões”, explica. “A pastilha de madeira e os perfilados de madeira branca de alta densidade, que podem ser utilizados em inúmeras aplicações na construção e decoração, aumentando o rendimento para um índice de 54 a 60% de aproveitamento. Foram estes produtos que levamos ao exterior, com grande receptividade.”
Fonte: Vivian de Albuquerque
