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Professores da USP e da UFPR discutem o trote

Que sentido tem o ritual do trote nas universidades? A discriminação gerada por esta prática pode ter conseqüências graves como a segregação e o preconceito, o difícil diálogo com os trotistas e a inversão de valores que o procedimento traz para os novos universitários frente à comunidade. Esses questionamentos foram os temas centrais do Ciclo de Palestras sobre “Cultura Universitária”, que aconteceu nesta sexta-feira, dia 14 de outubro, no Auditório do curso de Engenharia Florestal, no campus do Jardim Botânico.

O Tema – Para falar sobre o assunto foram convidados os professores Antônio R. de Almeida Jr. e Oriowaldo Queda, ambos da ESALQ – Escola Superior de Agricultura Luis de Queirós que integra o complexo da USP – Universidade de São Paulo. Como uma prévia antes do Encontro, os professores estiveram reunidos com a Comissão de Recepção aos Calouros da UFPR, no período da manhã. Entre outros itens de interesse, o professor Antônio R. de Almeida Jr. abordou as três linhas teóricas do trote, consideradas segundo um estudo desenvolvido pelos dois docentes, pesquisa que resultou no livro “Trote na ESALQ”.

Portanto, Almeida Jr. considera como importantes nesse contexto alguns fatos como o rito de passagem dos calouros, os sinais de sadismo/masoquismo encontrados na ação de recepção repressiva, além das relações de poder e hierarquia advindos do mecanismo, intenções que, somadas, remetem à violência. Já o professor Queda recomenda que a chegada à Universidade seja vivenciada como um fato normal, “sem nenhum ato especial”, ressalta. Destaca como opção para recepção aos calouros “uma semana composta de palestras multidisciplinares, durante a qual seria explicado o papel da instituição e em que medida a mesma estaria respondendo às demandas da sociedade”, completa.

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Prof. Antonio R. de Almeida Jr
Foto: Sonia Loyola


Prof. Oriovaldo Queda
Foto: Sonia Loyola

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Fonte: Sônia Loyola